terça-feira, 30 de agosto de 2011

Revista Veja se iguala ao News of the World em matéria sobre José Dirceu

Por Dalva Teodorescu


Os métodos utilizados pela revista Veja, em matéria sobre José Dirceu, não diferem daqueles usados pelo recém-extinto Jornal inglês, News of the World.

O cerne da matéria é a intriga armada pela revista de que José Dirceu estaria tramando contra Dilma.

O repórter invadiu a privacidade do hotel para obter imagens das personalidades políticas recebidas por Dirceu, em seu quarto de hotel, onde reside durante estadia em Brasília.

Não hesitou ainda em tentar, junto à camareira, obter a chave do quarto, tentando se passar por José Dirceu, segundo relatos da imprensa.

O ex-ministro fez boletim de ocorrência por tentativa de invasão de privacidade e o hotel quer saber como o repórter obteve as fotos.

A revista exagerou. No momento em que a credibilidade da imprensa anda bastante abalada, por conta dos escândalos envolvendo o News of the World, a matéria pegou mal e foi pouco comentada pelos pares.

O Jornal da Manhã, na radio Jovem Pan, e o Jornal de Heródoto Barbeiro, na Record News, deram destaque para o fato de Dirceu ter feito boletim de ocorrência e do repórter ter tentando entrar no quarto do ex-ministro da casa civil.

Comentaram ainda que José Dirceu não teria nada a ganhar com o enfraquecimento de Dilma.

Ou seja, tentaram se demarcar da revista e seus métodos, mas não fizeram nenhuma crítica contundente á revista. Como se fosse pecado criticar a Veja.

Muito diferente foi a atitude da revista francesa Mariana que, em 2006, classificou a Veja entre os dez órgãos de imprensa mais mentirosos do mundo. Segundo Mariana, naquele ano, a revista publicou oito matérias de capa sem apresentar provas dos fatos relatados.

Ainda naquele ano, o jornal O Estado de São Paulo publicou editorial onde chamava atenção da Veja sobre o fato de reincidir em denúncias sem provas. Além da questão ética, dizia o editorial, a atitude da revista comprometia a credibilidade da imprensa. No caso, tratava-se de reportagem dizendo que o então presidente Lula teria conta bancária em paraíso fiscal, o que foi logo comprovadamente desmentido.

É politicamente correto demonizar José Dirceu. Vale tudo. Não se trata aqui de defendê-lo, mas de lembrar que é o único homem público no Brasil que foi condenado, teve seus direitos cassados, e foi jogado aos cachorros, sem ser julgado.

Esperemos as verdades dos fatos pelo ministros do STF.

A seu favor José Dirceu pode dizer que não enriqueceu no governo. Outro fato que conta é que suas ex-mulheres e sua atual companheira sempre o defenderam.

Quando se trata do demônio, o mais comum são as ex-mulheres denunciarem os ex-maridos.

Quanto à Veja, é notório que perdeu muitos de seus assinantes. Mas surpreende que a revista seja mais um catálogo publicitário do que uma revista de notícias.

Saber-se que, hoje, andar com um exemplar de Veja nas mãos é estigmatizante porque revela falta de críticidade.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CENESEX e a evolução da política sobre diversidade sexual em Cuba

Dalva Teodorescu

Atualmente em Cuba, o Centro Nacional de Educação Sexual, CENESEX, conduz uma política nacional de defesa da Diversidade sexual e de proteção dos direitos de grupos minoritários como lésbica, transexual e homossexual.

Além de uma intensa campanha, através de manifestações públicas, o governo cubano garante, por exemplo, a assistência médica integral para aqueles que optam pela redesignação sexual (operação para mudança de sexo).

O Conselho Nacional de Sexualidade de Cuba é presidido pela filha de Raul Castro, Mariela Castro.

De fato, houve uma considerável evolução de políticas cubanas, que até a década de oitenta reprimia duramente os homossexuais.

Hoje, os homossexuais promovem manifestações públicas, reivindicando seus direitos em passeatas como a Gay Pride. No dia 5 de junho desse ano, o CENESEX promoveu um show de gays e transformistas no teatro Karl Marx, em Havana.

É interessante observar como as mudanças em Cuba podem ser radicais.

Outro exemplo que pode ser mencionado se refere às políticas de Cuba no combate à epidemia de AIDS que, por mais de uma década (1983-1994), promoveu o isolamento compulsório dos portadores do HIV.

Essa política foi revisada, em 1994, e o Programa Nacional de AIDS de Cuba caminhou para outro extremo, transformando seu Programa em um modelo na prevenção, no tratamento e no apoio social às pessoas afetadas.

Para mais informação sobre essas políticas do governo cubano visite o site CENESEX.com.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dilma Rousseff é a terceira mulher mais poderosa do mundo, segundo a Forbes

Por Dalva Teodorescu


A presidenta Dilma Rousseff é a terceira mulher mais poderosa do mundo, no ranking da revista Forbes, divulgado nesta quarta-feira.

A primeira da lista é a chanceler alemã, Angela Merkel. Em segundo está a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

Dilma se distingue como a primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina

Na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo, segundo a Forbes estão oito chefes de Estado e 29 presidentas-executivas. Elas têm em média 54 anos e juntas controlam 30 trilhões de dólares. Vinte e duas delas são solteiras.

“Taxez-nous” dizem os ricos querem pagar mais impostos

Por Dalva Teodorescu

Depois do bilionário americano, Warren Buffett, surpreender o mundo, com um artigo onde afirma que paga menos imposto do que seus funcionários, o que acha inconcebível, agora é a vez dos bilionários franceses lançarem um apelo pedindo para pagar mais impostos.

Eles são 18 a assinar um documento onde afirmam querer contribuir para a redução do déficit público francês. No documento afirmam que “no momento que o governo pede a todos um esforços de solidariedade, nos parece necessário de contribuir”. “Eles pedem a instauração de uma contribuição excepcional que atingiria os franceses mais favorecidos”.

O texto foi publicado na revista semanal francesa, Le Nouvel Observateur.

Parece irônico que o pedido de tributar as grandes fortunas tenha partido dos bilionários.

Sim, porque os políticos de direita em geral, seja no Brasil, Estados Unidos e Europa, recusam aumentar o imposto sobre as grandes fortunas.

Nos EUA recentemente o Congresso quase abalou a credibilidade do país porque os republicanos recusaram o pedido de Obama para que os mais ricos pagassem mais impostos, diante da crise econômica.

Bresser Pareira, quando foi ministro da fazenda no governo José Sarney, aventou com a ideia de tributar as grandes fortunas e grandes heranças, como se faz em todo país civilizado. Não segurou e caiu em 9 meses.

Bresser voltou a ser ministro durante todo o governo de FHC, mas nunca mais tocou no assunto. Era e ainda é um assunto tabu no Brasil.

Quando Lula assumiu a presidência, uma de suas primeiras medidas foi encaminhar um projeto de lei ao Congresso visando tributar as grandes fortunas. Foi um Deus nos acuda.

Jornalistas e parlamentares todos criticavam a medida e o projeto não passou. Foi uma das primeiras derrotas do governo trabalhista, então recém eleito. Nem um deputado saiu em defesa da proposta. Nem os do PT.

Nunca mais se falou no assunto, embora sempre surjam denúncias de que os pobres pagam mais impostos do que os mais ricos, no Brasil.

Agora que os ricos americanos e europeus decidiram, eles próprios, que querem pagar mais porque consideram que pagam muito pouco diante de suas fortunas, nossos milionários vão seguir o seu exemplo?

E será que nossos nobres parlamentares vão agora aceitar que se tribute grandes fortunas no Brasil?

Afinal, não foi dito que o que é bom para os EUA (e para os países ricos da Europa) é bom para o Brasil? Está aí um exemplo a seguir.

Segue a lista dos assinantes do manifesto francês :

Jean-Paul Agon, PDG de L'Oréal, Antoine Frérot, DG de Veolia Environnement, Denis Hennequin, PDG de Accor, Marc Ladreit de Lacharrière, presidente de Fimalac, Maurice Lévy, PDG de Publicis, Christophe de Margerie, PDG de Total, Frédéric Oudéa, PDG da Société Générale, Jean Peyrelevade, presidente de Leonardo France, Franck Riboud, PDG de Danone, Stéphane Richard, PDG d'Orange, Louis Schweitzer, presidente de Volvo e de AstraZeneca, Marc Simoncini, presidente de Meetic, Jean-Cyril Spinetta, presidente do Conselho de Administração de d'Air France-KLM e do Conselho de Vigilância de Areva e Philippe Varin, presidente do diretório de PSA Peugeot-Citroën. Claude Perdriel, presidente do Conselho  de Vigilância do Nouvel Observateur e Liliane Bettencourt de L'Oréal.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

As acusações contra Strauss-Khan são oficialmente abandonadas

Por Dalva Teodorescu

O juiz Michel Obus de NY aceitou o pedido do procurador Cyrus Vance de arquivamento das acusações de estupro, feita pela camareira Nafissatou Diallo, contra o ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn.

A maioria do povo francês sempre acreditou na versão de Strauss-Kahn de que houve relação sexual, mas que foi um ato consentido.

No documento encaminhado ao juiz, divulgado pelo jornal Le Monde, o procurador afirma que a camareira “forneceu três versões inconciliáveis sobre o fato”.

Nafissatou Diallo atribuiu suas incoerências à erros de tradução do seu depoimento da língua fulani (falada na guiné) ao inglês ou de incompreensão do procurador.

Mas este argumentou que “a camareira mostrou inúmeras vezes sua capacidade de falar e de compreender o inglês” e acrescentou “que a credibilidade da acusadora não resiste a mais básica das avaliações”.

Além dessas divergências no depoimento, o procurador ressalta a tendência “persistente” de Nafissatou Diallo de fazer falsas declarações, como um estupro coletivo do qual foi vítima na Guiné, seu país de origem, que depois ela reconheceu ter “inventado completamente”.

 “Num tal processo, diz o procurador, o fato da acusadora já ter feito um falso testemunho a propósito de uma agressão sexual é muito significativo”.

O procurador ressalta ainda que “a capacidade de Nafissatou Diallo contar esta ficção (o estupro coletivo) com total convicção convenceu investigadores experimentados”.

Por outro lado, o procurador ressalta que "as mentiras da acusadora portam igualmente sobre elementos que não são diretamente ligados ao fato, como suas condições de acesso à moradia ou a origem do dinheiro depositado em sua conta bancária”. “Não podemos fazer confiança nela" insiste o procurador.

Quanto às provas materiais da agressão, o procurador nota que elas têm um “valor limitado no que concerne os pontos chaves que são o uso da força e o não consentimento. As provas demonstram que o acusado teve uma relação sexual rápida com a acusadora, no dia 14 de maio de 2011. Mas isso não demonstra se a relação foi forçada ou consentida, e se pode corroborar o relato da acusadora”.

Este documento convenceu o juiz Michel Obus que decidiu arquivar o processo.

O advogado de defesa de Nafissatou Diallo vai continuar o processo na área civil, que prevê indenização por danos. 

Com o arquivamneto do processo penal Strauss Khan está livre, e deve voltar à França dentro de 24 horas, diz o jornal Le Monde.

Desde ontem, membros do Partido Socialista anunciavam que Strauss-Khan dará grande contribuição aos rumos da economia francesa, nesse momento de crise.

Esperemos o desenrolar dos fatos.

O sorriso (de revanche ) de Alckmin

Por Dalva Teodorescu

Por ocasião do lançamento do Brasil Sem Miséria no Sudeste, o governador Geraldo Alckmin era só sorriso. Mal conseguia disfarçar a felicidade de estar promovendo o encontro “recheado de simbolismo”, como foi classificado pela imprensa.

O evento conduzido pela presidenta Dilma Rousseff, contou a presença do ex-presidente FHC, além dos governadores dos estados do sudeste. 

Alckmin fez questão de retribuir o gesto de gentileza e elegância que Dilma havia dispensado à FHC, por seus oitenta anos. Disse que o período de disputa esta ultrapassado, graças ao patriotismo, generosidade e espírito conciliador da presidenta. Não é pouco.

No dia seguinte, o governador viajou em companhia de Dilma no avião presidencial, para inaugurar obras do programa Minha Casa Minha Vida, no interior de SP.

Alckmin continuava sorrindo. E com razão.

Uma pequena revanche. Alckmin foi humilhado pelos tucanos, aliados de Serra, que apoiaram Kassab na eleição para prefeito, de 2008, e foi chamado de caipira e provinciano, pela imprensa Serrista.

Hoje, Kassab é considerado traidor, porque esvaziou o PSDB paulista e Serra está fora do poder.

Já o governador de São Paulo surge como o político conciliador, que está  impulsionando as políticas sociais no estado, através da parceria com o governo federal.

Toda tentativa de distenção entre o PSDB e o PT é benvinda e benéfica para o país. Isto é um fato.

Mas tem tucano morrendo de inveja desse movimento, não é mesmo José Serra?

Zapparam os governadores do RJ e ES do Programa Brasil sem Miséria no Sudeste


Por Dalva Teodorescu

No lançamento do Programa Brasil sem Miséria no Sudeste, a imprensa fez um zapping bonito nos governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Os dois desapareceram das fotos e dos discursos sobre o Programa em seus estados. Ninguém soube se reclamaram ou não. Se sim, suas queixas não tiveram eco na mídia.

Um descalabro da informação seletiva de nossa imprensa.

O grande destaque foi para os tucanos Geraldo Alckmin, o anfitrião paulista, e Antonio Anastasia, de Minas Gerais.

Além, é claro, da grande manchete para o ex-presidente FHC ao lado da presidenta Dilma Rousseff.

O abraço dos dois ganhou foto Retrato no caderno Aliás, do Estadão de domingo.

Antes que as fofocas ecoassem de mentes férteis, a colunista Dora Kramer se antecipou dizendo que não existe nada entre os dois, a não ser cálculo político.

Ainda bem que ela avisou. Já pensou se anunciassem o noivado.

PT cadê você?

Dalva Teodorescu

Dilma Rousseff vem recebendo apoio público de líderes do congresso, como o grupo de senadores liderados por Pedro Simon, mas também do ex presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex senadora Marina Silva, pelas demissões nos ministérios.

Até agora o PT, partido do governo, não deu apoio explicito á presidente. Apenas algumas vozes esparsas, nas entrelinhas da imprensa, aparecem apoiando Dilma.

A má vontade da imprensa em publicar fatos que possam ser positivos para o partido do governo é grande. Sabendo disso, o PT já deveria ter soltado uma nota de apoio à presidenta.

É o mínimo que se espera do Partido dos Trabalhadores.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DIA DA FOTOGRAFIA

Por Fernando Cardoso

No dia 19 de Agosto comemora-se o dia da Fotografia. Para celebrar os instantes que se perpetuam e hoje se espalham pelas teias de silício difundida pela rede mundial, me inspiro livremente no poema  "Fotografia de Mallarmé" do mestre Ferreira Gullar.


Fotografia é o resultado de uma ação planejada, antecipadamente como o processo de elaboração e ordenação como, se de um crime, por meio de sua estruturação e preparação; é preciso prestar atenção nos detalhes, nas pequenas sutilezas que precedentemente são preparadas com total preocupação com a imagem que deve estar equilibrada, numa perfeita simetria, como um trapézio embasado pela Teoria de Pitágoras.

Assim como antes de escrever, a caneta ponderada no papel em branco para oficializar perpetuamente o ato concretizado. E após o segundo fracionado que o clique converge no instante milimetrado, e a cena composta devasta-se com a objetividade; e a vida volta a trilhar o seu caminho, seu cotidiano flui morosamente com a sua habitualidade, com suas imperfeições e falhas. Mas isso não é captado, pois a imagem “feita perfeita” é que ficará para a posteridade, acima do verdadeiro momento decorrido; como se o real transmutasse em além – o imaginado -, o que era utopia concretiza-se.

Mas o tempo transpõe seus místicos umbrais, e no presente, o que resta do passado, das memórias, são apenas manchas, lembranças ofuscadas, reminiscências diluídas, que se perdem na vasta memória sem profundidade.

Mas o olhar fica, pois encontra o outro olhar – os olhos de quem vê – acima de toda a perenidade da existência, a morte é a certeza de todos nós.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Grupo de Senadores apoiam ação de Dilma


Por Dalva Teodorescu

Um grupo de Senadores liderados por Pedro Simão criou um movimento de apoio à presidente, para que continue a faxina no governo.

A ideia é inibir ações dos parlamentares que tentam bloquear votações e paralisar o governo.

Entre 81 senadores nove aderiram á causa. É pouco. Muito pouco. Entre eles está o Senador Cristovam Buarque e o senador Suplicy, mas também Jarbas Vasconcelos. Um crítico de todos os instantes do governo petista.

A oposição não aderiu ao grupo. Quer fazer CPI. Só que ninguém mais acredita em CPI, como não se acredita em Comissão de Ética.

A oposição vai ter de explicar porque é contra as ações de corrupção. Ou não, afinal quem está ainda preocupado com a oposição?

Preocupa muito mais é o silêncio da base aliada, inclusive do PT. Há muito deveriam ter feito manifesto como o de Pedro Simon, que, aliás, sempre foi um crítico do governo.

Nada mais se encaixa na lógica do Congresso. Está tudo virado pelo avesso.

Mas nem toda desordem é negativa, No caso do Congresso, pode indicar um início de mudança.

Não custa nada sonhar.





A imprensa (finalmente) apoia Dilma Rousseff na faxina dos ministérios

Por Dalva Teodorescu

Foi só a pesquisa CNT /Sensus mostrar que 80% da população aprova a faxina que a presidenta Dilma vem fazendo nos ministérios, que toda a imprensa passou também a apoiá-la.

Sim, porque alguns órgãos de imprensa, de início, resistiram em apoiar a Presidente, principalmente a Folha de São Paulo que sempre optou pela crítica fácil. Dava todo o espaço do mundo para as lamúrias dos parlamentares atingidos.

O apoio de toda a imprensa à ação da presidente foi o principal comentário de Ricardo Kotscho no jornal de Heródoto Ribeiro. Heródoto que sempre se mostrou cético reconheceu que não dá para não apoiar Dilma.

Ficava mal continuar criticando a presidenta quando o povo a aplaudia.

Estão até condescendente com a dificuldade da presidente demitir o ministro da Agricultura Wagner Rossi.

O cara só iguala em cinismo com o vice presidente Michel Temer, que o sustenta.

Acusado de falcatrua durante sua vida de homem público, aceita que a presidenta demita todos os seus indicados.

Qualquer um, com o mínimo de dignidade, teria deixado o cargo. Não Rossi e Temer.

Deve lhes render muito.

PV retorna à base de apoio do governo já o PR diz que sai mais fica

Por Dalva Teodorescu


O Partido Verde está disposto a integrar a base aliada do governo. O partido tinha deixado a coligação governista com a entrada de Marina Silva.

Agora diz que a crise externa é muito grande e que o governo precisa de apoio para enfrentá-la.

Quanta civilidade! Na verdade em tempo de crise é melhor ficar na base. Veja no que se tornou DEM, PPS e PSDB. Nada. Zero oposição.

Já o PR anunciou com pompas que se tornou independente do governo. Mas não saiu da base.

Quer dizer, antes era dependente. Só não disse do que. Da boquinha com certeza.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A SENTENÇA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS NO CASO DA GUERRILHA DO ARAGUAIA


Enviado por Heládio




SÁBADO RESISTENTE - 20 de agosto, das 14h às 17h30


A SENTENÇA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS NO CASO DA GUERRILHA DO ARAGUAIA

Memorial da Resistência de São Paulo - Largo General Osório, 66 – Luz

Auditório Vitae – 5º andar

A Guerrilha do Araguaia, movimento implantado na região AmazÃ?nica, ao longo do Rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade de 1970, foi deflagrada pelos militantes do Partido Comunista do Brasil (PC do B) com a participação de camponeses da região. Depois de três campanhas sucessivas de ataque às forças guerrilheiras, o Exército conseguiu sufocar o movimento, massacrando praticamente todos os guerrilheiros e integrantes da população que viviam na área. Dezenas de pessoas foram executadas friamente e seus corpos, até hoje, não foram encontrados.

Em 24 de Novembro de 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos manifestou-se no caso Gomes Lund e em outros casos que ficaram conhecidos como "Guerrilha do Araguaia". Este caso teve origem na petição apresentada em 7 de agosto de 1995, pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e pela Human Rights Watch/Americas, em nome de pessoas desaparecidas durante os anos 1972, ocasião em que a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro atuaram como p eticionários adicionais.

A Sentença condena o Estado Brasileiro a uma série de ações com caráter imediato, visando à localização dos corpos ainda desaparecidos, à abertura de arquivos, assim como reparações às famílias das vítimas. Também exige do Estado tanto medidas judiciais efetivas para a responsabilização individual pelos crimes cometidos, como outras de caráter mais geral objetivando o resgate da Verdade Histórica sobre os fatos ocorridos.

Para debater sobre o alcance desta sentença e mobilizar os participantes do Sábado Resistente para ações mais efetivas de pressão para que se cumpra efetivamente esta Sentença, o Sábado Resistente deste mês debaterá o alcance da Sentença com especialistas desse tema.

O encontro deste mês reunirá especialistas sobre esse tema para debater o alcance da Sentença e mobilizar os participantes do Sábado Resistente para ações mais efetivas de pressão para que se cumpra efetivamente a Sentença da Corte Interamericana De Direitos Humanos.

No encerramento, será feita uma homenagem especial à Helenira Resende de Souza Nazareth - combativa guerrilheira do destacamento das Forças Guerrilheiras do Araguaia, caída em combate em 29 de setembro de 1972.





PROGRAMAÇÃO

14h00: Boas vindas – Katia Felipini (coordenadora do Memorial da Resistência)

Apresentação e Coordenação – Ivan Seixas (diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política)

14h30: Debate

Dr. Marlon Weichert - Procurador Regional da República, doutor em Direito do Estado e mestre em Direito Constitucional pela PUC-SP.

Criméia Alice Scmidt de Almeida - Participante da Guerrilha do Araguaia, é uma das poucas pessoas que sobreviveram à chacina. Foi membro do PC do B até o ano de 1980. Hoje é presidente da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Laura Petit - Integrante da Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos e irmã dos guerrilheiros Jaime, Lucio e Maria Lúcia,os três assassinados no Araguaia

17h00: Homenagem aos caídos na Guerrilha do Araguaia simbolizados na pessoa de Helenalda Rezende, irmã de Helenira Rezende

Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A desordem e a violência na Inglaterra



Por Dalva teodorescu



Os últimos dias temos assistidos cenas de extrema violência vindas da Inglaterra.

As cenas de saques, pilhagens e incêndios em lojas e prédios populares da periferia de Londres e outras cidades foram substituídas por outras igualmente violentas, praticada pela polícia.

David Cameron o primeiro ministro da Inglaterra pegou pesado no combate as cenas de vandalismo.

A TV francesa mostrava ontem a polícia entrando nas casas, arrastando as pessoas e as colocando no camburão. Mais de mil pessoas já foram presas. A maior parte é de jovens, filhos de imigrantes, sem emprego e vivendo a discriminação cotidiana.

Aqueles que residem em moradias de programas sócias serão desalojados e os que recebem ajuda social do governo perderão o benefício. Pobres famílias que muitas vezes não tem como controlar os filhos e vão sofrer as consequências.

Sociólogos, intelectuais assistentes sociais procuram intervir em favor das famílias, mas David Cameron não aceitou a intermediação.

O primeiro ministro pensa em ir mais longe e proibir a comunicação por SMS, quando se perceber que está a serviço do vandalismo.

O estopim da crise foi a morte pela polícia de um rapaz sem história de marginalidade.

Um sociólogo francês, no Jornal Le monde, viu nos atos de violência desproporcional dos jovens da periferia um rompimento com o líder da comunidade. Como acontece às vezes nas nossas favelas.

Mas entre os detidos havia também outro tipo de manifestantes, como a filha de um empresário branco e bem sucedido, juma professor do primário e um membro Polícia Metropolitana de Londres, também conhecida como Scotland Yard.

Os manifestantes pilhavam lojas bem precisas. Apropriavam-se de objetos de consumo altamente valorizado pelo desenfreado do capitalismo moderno. Objetos eletrônicos em geram, como celulares, tênis modernos etc. Supermercados foram poupados.

Todas as análises mostram que estamos diante de uma nova forma de violência urbana, que vis antes de tudo obter bens de consumo.

Ontem Clovis Rossi em artigo na Folha de São Paulo lembrava que não é diferente do já ocorre no Brasil e comparou com o caso do grupo de meninas de 5 a 12 anos, que na ultimas semanas em Vila Mariana. Bairro de classe média de São Paulo.

Ontem suas mães foram presas, porque elas eram menores de idade.

Pobres mães que saem para trabalhar e deixam seus filhos soltos num mundo sem fé nem lei.



Os congressistas fazem birra contra as denúncias de corrupção


Por Dalva Teodorescu


É escandaloso ver o plenário da Câmara dos deputados vazio, em protesto contra as denúncias de corrupção.

Na maior demonstração de corporativismo cruzaram os braços na quinta feira e só voltam a trabalhar na terça.

Fizeram greve e ninguém fala se vão descontar os dias parados de seus ricos salários, pagos do nosso bolso.

Analistas dizem que estamos vivendo uma transição nas práticas políticas.

Fernando Henrique Cardoso e Lula tiveram que compor com a base aliada para governar.

Agora o governo Dilma está começando a mudar essa modalidade de governo e os deputados e senadores, acostumados na mamata, não querem aceitar.

Não vai ser fácil, mas é o início de uma nova era da política nacional, por isso se fala em transição.

Essa nova política só será implantada com sucesso se tiver o apoio da população. E parece que está havendo.

Uma forma é repudiar com veemência a birra dos ilustres congressistas. E cobrar que desconte deles os dias parados. Afinal, eles só trabalham de 3º a 5ª, e ainda fazem greve?

Como são indóceis!





quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A corrupção na Justiça em editorial no Estadão


Certas práticas de corrupção não dão manchetes de jornais, mas hoje o jornal O Estrado de São Paulo traz na seção opinião uma denúncia contundente da (mais do que conhecida) corrupção no poder judicário.
Vale a pena reproduzi-la aqui.

A corrupção na Justiça


O Estado de S.Paulo de 11 de agosto de 2011


Elaborado com base nas inspeções feitas pela Corregedoria Nacional de Justiça e divulgado pelo jornal Valor, o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as irregularidades cometidas pela magistratura nas diferentes instâncias e braços especializados do Judiciário mostra que a instituição pouco difere do Executivo em matéria de apropriação indébita e malversação de dinheiro público, de mordomia, nepotismo e fisiologismo, de corrupção, enfim. As maracutaias são tantas que é praticamente impossível identificar o tribunal com os problemas mais graves.

Em quase todos, os corregedores do CNJ constataram centenas de casos de desvio de conduta, fraude e estelionato, tais como negociação de sentenças, venda de liminares, manipulação na distribuição de processos, grilagem de terras, favorecimento na liberação de precatórios, contratos ilegais e malversação de dinheiro público.

No Pará, o CNJ detectou a contratação de bufês para festas de confraternização de juízes pagas com dinheiro do contribuinte. No Espírito Santo, foram descobertos a contratação de um serviço de degustação de cafés finos e o pagamento de 13.º salário a servidores judiciais exonerados. Na Paraíba e em Pernambuco, foram encontradas associações de mulheres de desembargadores explorando serviços de estacionamento em fóruns.

Ainda em Pernambuco, o CNJ constatou 384 servidores contratados sem concurso público - quase todos lotados nos gabinetes dos desembargadores. No Ceará, o Tribunal de Justiça foi ainda mais longe, contratando advogados para ajudar os desembargadores a prolatar sentenças. No Maranhão, 7 dos 9 juízes que atuavam nas varas cíveis de São Luís foram afastados, depois de terem sido acusados de favorecer quadrilhas especializadas em golpes contra bancos.

Entre as entidades ligadas a magistrados que gerenciam recursos da corporação e serviços na Justiça, as situações mais críticas foram encontradas nos Tribunais de Justiça da Bahia e de Mato Grosso e no Distrito Federal, onde foi desmontado um esquema fraudulento de obtenção de empréstimos bancários criado pela Associação dos Juízes Federais da 1.ª Região. Em alguns Estados do Nordeste, a Justiça local negociou com a Assembleia Legislativa a aprovação de vantagens funcionais que haviam sido proibidas pelo CNJ. Em Alagoas, foi constatado o pagamento em dobro para um cidadão que recebia como contratado por uma empresa terceirizada para prestar serviços no mesmo tribunal em que atuava como servidor.

O balanço das fiscalizações feitas pela Corregedoria Nacional de Justiça é uma resposta aos setores da magistratura que mais se opuseram à criação do CNJ, há seis anos. Esses setores alegavam que o controle externo do Judiciário comprometeria a independência da instituição e que as inspeções do CNJ seriam desnecessárias, pois repetiriam o que já vinha sendo feito pelas corregedorias judiciais. A profusão de irregularidades constatadas pela Corregedoria Nacional de Justiça evidenciou a inépcia das corregedorias, em cujo âmbito o interesse corporativo costuma prevalecer sobre o interesse público.

Por isso, é no mínimo discutível a tese do presidente do STF, Cezar Peluso, de que o CNJ não pode substituir o trabalho das corregedorias e de que juízes acusados de desvio de conduta devem ser investigados sob sigilo, para que sua dignidade seja preservada. "Se o réu a gente tem de tratar bem, por que os juízes têm de sofrer um processo de exposição pública maior que os outros? Se a punição foi aplicada de um modo reservado, apurada sem estardalhaço, o que interessa para a sociedade?", disse Peluso ao Valor.

Além de se esquecer de que juízes exercem função pública e de que não estão acima dos demais brasileiros, ao enfatizar a importância das corregedorias judiciais, o presidente do STF relega para segundo plano a triste tradição de incompetência e corporativismo que as caracteriza. Se fossem isentas e eficientes, o controle externo da Justiça não teria sido criado e os casos de corrupção não teriam atingido o nível alarmante evidenciado pelo balanço da Corregedoria Nacional de Justiça.





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

PT e PMDB apontam DNA tucano no Ibrasi, instituto investigado pela PF

Deu na Folha on line
Por Vera Magalhaes


PT e PMDB, que tiveram indicados seus a cargos no Ministério do Turismo presos na terça-feira na Operação Voucher da Polícia Federal, apontam DNA tucano no Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infra-Estrutura Sustentável), instituto investigado sob a acusação de desvio de recursos repassados por meio de emendas parlamentares.

Tanto o diretor-executivo, Luiz Gustavo Machado, quanto a diretora técnica, Maria Helena Necchi, ocuparam cargos de confiança em governos do PSDB no Estado.

Machado foi assessor da presidência da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de 1999 a 2002. Antes, foi diretor de Terminais da Dersa de 1995 a 1998. Seu currículo ostenta ainda uma passagem pelo Metrô.

Maria Helena Necchi foi secretária adjunta de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo de 1998 a 2001.





Na Índia, nota de Zero rúpia tenta barrar corrupção desvairada

Por Dalva Teodorescu


A índia, ao lado de China e Brasil, é um país emergente com forte crescimento.

Acontece que o crescimento na economia é proporcional ao crescimento da corrupção.

A corrupção corre solta e atinge os atos mais banais do cotidiano do povo hindu. Do policial ao comerciante, a corrupção se passa a olho nu e parece não mais constranger muita gente.

O governo vem tomando sérias providências para conter esses atos.

A última medida foi fabricar notas de ZERO rúpia, a moeda indiana. A nota de Zero rúpia é enorme. Bem maior que as normais.

Toda vez que a pessoa sofre uma tentativa de extorsão, ela paga, publicamente, com a nota de zero rúpia. Uma maneira de denunciar que está sendo extorquida.

Parece que está funcionando. É que os hindus se sentem envergonhados quando recebem a nota em público e desistem da corrupção.

Acho que no Brasil não funcionaria. A corrupção é mais sofisticada e envolve os poderosos.

No Chile 150 mil pessoas saem às ruas em apoio aos estudantes

Por Dalva Teodorescu

Há mais de dez dias os estudantes do Chile veem protestando contra as reformas da educação, proposta pelo governo do presidente Sebastián Piñera.

Os estudantes reclamam de que nem os professores nem eles próprios participaram das discussões. Reivindicam também financiamento para o curso universitário que no país é pago, mesmos nas universidades públicas.

O governo chileno chamou os estudantes de vândalos e a população reagiu.

Ontem, cerca de 150 mil pessoas saíram às ruas de Santiago em apoio aos protestos dos estudantes. Houve ainda manifestações de solidariedade nas cidades de Valparaíso e Concepción.

O movimento se ampliou com a adesão dos sindicatos dos professores e da indústria de cobre.

Os confrontos entre polícia e estudantes continuam e, desde o início dos protestos, mais de 800 pessoas foram presas.

O Chile é um país pequeno. Menos de 20 milhões de habitantes. Sua economia é de primeiro mundo e a consciência política de seu povo é notável.

Imaginem 150 mil brasileiros saindo na rua para apoiar protestos de estudantes? Logo seriam chamados de vadios.


sábado, 6 de agosto de 2011

Passeata dos trabalhadores reuniu 100 mil em São Paulo

Por Dalva Teodorescu

Na quarta feira os sindicatos dos trabalhadores reuniram cem mil pessoas em uma manifestação, segundo os participantes. A polícia falou em 70 mil. 

Em passeata que saiu da Praça Charles Muller, na zona Oeste de São Paulo, passou pela avenida Paulista e terminou na Assembleia Legislativa. Os trabalhadores pediam redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e fim do fator previdenciário.

Foi bonito de ver. Das janelas alguns moradores aplaudiam, outros se emocionavam. Pena que a imprensa Pelega como sempre boicotou o evento.

Alguns jornalistas comentaram o fato, como Joelmir Betting e Ricardo Boechat da Band. Disseram que a passeata reuniu 15 mil pessoas e chamaram os trabalhadores de vadios e pelegos sem ter o que fazer, porque atrapalharam o trânsito na Avenida Paulista. Foram longos minutos de xingação e agressão violenta contra aqueles que se manifestam pelos seus direitos

Cem mil trabalhadores lutando por seus direitos e chamados de vadios por jornalistas que ganham fortunas para atestar grosserias e Blá blá blá.

Francamente, na Europa as manifestações de trabalhadores são aplaudidas pela população e a imprensa. Jornalista é trabalhador e também faz greve. O povo é consciente de seus direitos e por isso são respeitados.

Como então fortalecer a democracia brasileira se os trabalhadores que lutam por seus direitos são chamados de vadios?

Mas convenhamos, Joelmir Betting, Ricardo Boechat e Luiz Datena é grosseria e reacionarismo na certa, ou seja: um jeito Band de se comunica. Seus 3% de audiência o atestam

Datas comemorativas não podem estar a serviço do fundamentalismo

Por Dalva Teodorescu

Quando se escolhe uma data para comemorar o dia da consciência negra ou do índio o que se está afirmando é que essas populações são minorias, vítimas de preconceitos e de discriminação odiosa.

Não se justifica criar o dia da consciência branca como não se justifica criar o dia do orgulho heterossexual.

Ao que me parece os heterossexuais não estão sendo atacados nas ruas por sua sexualidade.

Mas a Câmara de Vereadores de São Paulo não pensa assim e, num gesto de provocação, aprovou simbolicamente, ou seja, sem o voto da maioria, o dia da consciência heterossexual.

São Paulo sofre com as enchentes, com a violência no trânsito e nas ruas, com a corrupção, com os baixos salários para médicos e professores, com falta de creches e hospitais, mas nada disso parece incomodar nossos ilustres vereadores.

Sem terem o que fazer ostentam seus machismos e seus fundamentalismos.

Um jogo perigoso para a democracia e para o respeito à diversidade.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dilma, um jeito mulher de governar

Por Dalva Teodorescu


Dilma Rousseff deu uma batida no Ministério dos Transportes. Foram demitidos, até agora, 27 integrantes .

O povo aplaude, mostram as pesquisas, e Dilma quebra a resistência da Classe média e...da mídia.

Um jeito mulher de governar, convenhamos. Margaret Thatcher também fez uma limpeza quando assumiu o governo da Inglaterra. Até hoje é idolatrada pelos ingleses, apesar da política liberal implantada por seu governo ter sido desastrosas no plano social.

Dilma não é Thatcher, mas tem a reputação de ser exímia gestora e exigente com seus subalternos.

Depois do trabalho iniciado pelo governo de FHC e consolidado no governo Lula, de democratização das instituições públicas, estava na hora do Brasil eleger uma gestora para por ordem na casa.

Até agora os governos democráticos para conseguir emplacar suas propostas eram obrigados a barganhar com os representantes da Velha Política, a começar pelo PMDB.

O PR é uma cria nova da Velha República sustentada ainda hoje por grande parte dos políticos brasileiros.

Não é demais dizer que o PT e o PSDB são dos poucos partidos criados por representantes dos que lutaram contra a ditadura e pela redemocratização do país na década de oitenta. Isso no sul e sudeste porque os Jereissati e os Guerra, do PSDB, são forças de tradição conservadora da política do Ceará e do Pernambuco, seus estados respectivos.

Os outros partidos se recriam se reinventam com novos nomes, conforme as circunstâncias, mas seus líderes representam as mesmas oligarquias que sempre usurparam o poder, do norte a sul do país.

A força política da oligarquia dos Bernhausem, em Santa Catarina, faz empalidecer os Sarney e os Renan do Nordeste.

A presidenta deu início à quebra de braço com o congresso, com os partidos e com a regra das cotas nos ministérios. Mas essas medidas só terão resultado quando os culpados forem de fato punidos.

É preciso também nomear e investigar as empreiteiras envolvidas nas denúncias de corrupção. Proibir essas empreiteiras de participar de novas licitações.

A corrupção corre solta mo meio empresarial, não só nos negócios com o governo, mas em qualquer relação fornecedor/cliente na esfera privada.

Todavia, por mais que tenha apoio da população, Dilma não vai conseguir fazer a limpeza necessária em todos os ministérios, principalmente naqueles comandados pelo PMDB, partido enraizado em todos os municípios brasileiros.

Guardada todas as proporções históricas, Dilma não pode se tornar um João Goulart que caiu porque perdeu o apoio do Congresso.

 Dilma parece não estar preocupada se está agradando aos aliados ou não ou se vai se reeleger ou não. Está sim preocupada em mudar a relação do congresso brasileiro com as benesses obtidas do governo.

A Velha Política resiste e Dilma a enfrenta com um jeito mulher de governar.

O desafio de Dilma é administrar seu próprio sucesso diz o Financial Times de Londres

Por Dalva Teodorescu

O Financial Times de quarta feira dia 3 de agosto trouxe matéria onde afirma que o Brasil se encontra na "invejável posição de observador das loucuras do mundo desenvolvido".

Segundo o Jornal o desafio de Dilma é "como administrar seu próprio sucesso".

O Jornal, Bíblia da economia liberal, afirma ainda que “um esforçado mercado emergente há uma década, o Brasil é hoje uma imagem de estabilidade macroeconômica e política comparada com seu antes subjugador parceiro do Norte e as antigas potências coloniais da Europa".

A matéria ressalta ainda que o governo brasileiro adotou várias medidas para conter o fluxo excessivo de divisas, que fortalece o real e reduz a competitividade da indústria brasileira, reduziu o orçamento para conter o excesso de gastos públicos, por cinco vezes, neste ano elevou as taxas básicas de juros para evitar a inflação fora de controle e adotou medidas para conter o crédito e o crescente endividamento da classe média.

O jornal nota também que a presidente Dilma Rousseff vem promovendo demissões no Ministério dos Transportes em resposta a denúncias de corrupção.

Lembrando que ainda restam muitos desafios ao Brasil, o Jornal conclui "O Brasil pode se sentir orgulhoso de si mesmo com justiça”.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os Ipês Rosa estão floridos

Dalva Teodorescu


São Paulo esta coberta de Ipês Rosa.
Como um tapete suas pétalas cobrem as calçadas.
São lindos de ver.
Reparem.
Eles estão nas alamedas.
Enviado por Nina Laurindo



Do MTC

A luta dos trabalhadores da cultura: Episódio nº 1

2 de Agosto de 2011

Trabalhadores da cultura desocupam a Funarte com um ato em frente ao Itaú Cultural. Fim do “primeiro episódio”, mas mobilização continua. Por Passa Palavra



Era por volta de 3 horas da tarde quando os portões da Funarte foram abertos e os manifestantes sairam em marcha pelas ruas do centro de São Paulo. Dando sequência a série de atividades que anunciaram desde a segunda-feira passada, os trabalhadores da cultura deixaram hoje o espaço da instituição e realizaram um ato que culminou na frente do Itaú Cultural, na avenida Paulista.

A manifestação, que marcava o desfecho deste “primeiro episódio” de luta, teve um caráter altamente performático, bem diferente do que costumamos ver em outros atos de rua. Um carro a frente, com teclado, bateria, guitarra, baixo, microfone e outros instrumentos musicais puxava uma dupla fila de artistas e apoiadores que entoavam canções e coreografavam com acentos de privada, simbolizando a mercantilização e a privatização da cultura. Eram cerca de 500 pessoas cantando em coro, enquanto membros da Brava Cia. de Teatro encenavam seus “fúrias” a frente do bloco.

A ação foi pensada em ensaida pelos trabalhadores da cultura durante este fim de semana. Na assembleia de sexta-feira passada, eles decidiram pela saída e começaram a organizar o desfecho deste primeiro momento da mobilização.Para as pessoas que estavam instaladas no espaço da Funarte, a ocupação já teria cumprido o seu papel, sendo a hora preservar as forças acumuladas e começar a pensar em ações mais radicais e que atinjam mais diretamente as instituições que hoje comandam a política cultura do país. A maioria dos ocupantes destaca que a última semana foi um momento intenso de aprendizado político e fortalecimento de laços entre os grupos, o que se demonstra não só pelas atividades de formação que ocorreram quase todas as noites, mas também pelas inúmeras conversas e iniciativas extra-oficiais que aconteciam por todos os cantos da Funarte. Parte deste acúmulo ficou expresso nas duas cartas finais que a ocupação redigiu [que em breve publicaremos] e que foram lidas e aclamadas por todos, minutos antes dos portões se abrirem.

Pela leitura do documento, o movimento demonstrava ter chegado ao entendimento de que as reivindicações pontuais apresentadas, como as aprovações das PECs 150 e 236, constituem apenas uma pequena parte da batalha pela desmercantilização da cultura; e que, neste horizonte mais largo, uma instituição como a Funarte já nem pode mais ser entendida como lugar representativo do inimigo que combatem, uma vez que as mais importantes tomadas de decisão a respeito das políticas culturais estão nas mãos das grandes corporações.

Por volta das 17h, o movimento chega, então, à Avenida Paulista, onde se localizam as principais instituições financeiras benefeciadas pelas leis de incentivo fiscais que fundamentam as programas culturais do país. A cada banco que passavam ou espaço cultural gerido pelas grandes empresas, os trabalhadores da cultura encenavam um ataque ao inimigo, chamando a atenção e despertando a simpatia do público que passava pela rua.

A cena final do “ato-bomba”, como chamavam, aconteceu na frente do Itaú Cultural, próximo à estação Brigadeiro do Metrô, onde foi feita uma projeção de vídeo e, depois de muita brincadeira misturada com protesto, instalada com cimento na calçada uma privada.

Fim da ocupação da Funarte e fim do primeiro episódio da série. No entanto, a mobilização continua e outros atos-bombas vêm por aí. Para tanto, uma nova reunião já está marcada para o dia 10/08, às 19h, no Teatro Coletivo, na Avenida Consolação.

Imagens da manifestação

Ocupação da FUNARTE pelo MTC

O MTC perdeu a Paciência.




FILME SOBRE A OCUPAÇÃO DA FUNARTE PELO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES DA CULTURA


http://www.nauweb.tv/principal_destaque.asp?d=1&id=223

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pelo menos 80 famílias são despejadas de prédio no centro

Reintegração de posse terminou em confusão na manhã desta sexta-feira Da Agência Record, com Agência Estado

Anderson Barbosa/FotoArena/AE

Maioria das famílias que ocupava o prédio veio de cortiços e pensões da região central de São Paulo, e trabalham como catadores de papeis

Advogado dos Movimentos de Moradia, Benedito Roberto Barbosa, o Dito, pego pelo pescoço pela força repressiva do Estado

Pelo menos 80 famílias foram despejadas de um prédio na alameda Nothmann, no Campos Elísios, no centro de São Paulo, no final da manhã desta sexta-feira (29). A reintegração de posse terminou em confusão, pois, segundo a Polícia Civil, o advogado das famílias se desentendeu com policiais militares.

A maioria das famílias que ocupava o prédio veio de cortiços e pensões da região central de São Paulo, e trabalham como catadores de papeis. O imóvel já havia sido ocupado outras vezes e o proprietário conseguiu a reintegração de posse.

Em toda a cidade de São Paulo, segundo o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existe cerca de 290 mil domicílios bagos na capital, o suficiente para resolver o déficit habitacional do município. A pesquisa levou em conta as moradias fechadas, sem contar prédios comerciais e prédios públicos ociosos.


http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/pelo-menos-80-familias-sao-despejadas-de-predio-no-centro-20110729.html


http://www.youtube.com/watch?v=GkEpAZjzczY


http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/pelo-menos-80-familias-sao-despejadas-de-predio-no-centro-20110729.html

http://www.tvt.org.br/seu-jornal.php

http://www.tvt.org.br/watch.php?id=5972&category=False#.TjRbsMvwzqU.email







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Reintegração de prédio ocupado em São Paulo deixa 200 sem moradia

Por: Jéssica Santos de Souza, Rede Brasil Atual


Famílias deixaram pacificamente o prédio que ocupavam na região central da cidade local e montaram acampamento em frente ao local para aguardar atendimento da prefeitura

Criança permanece na calçada após a reintegração de posse (Foto: ©Anderson Barbosa/FotoArena/Folhapress)

São Paulo – A Polícia Militar cumpriu na manhã desta sexta-feira (29) uma sentença de reintegração de posse que deixou 200 pessoas, incluindo crianças e idosos, sem moradia. As famílias de sem teto ocupavam um prédio em condições precárias na alameda Nothmann, em Campos Elíseos, na região central. Os moradores deixaram o prédio pacificamente e decidiram montar um acampamento em frente ao imóvel para aguardar um posicionamento da prefeitura sobre atendimento habitacional para as famílias.

A decisão judicial foi tomada na terça-feira (26) pela juíza Márcia Cardoso, da 37ª Vara Cível de São Paulo. Segundo a sentença, "o imóvel é conhecido pela Secretaria Municipal de Habitação como objeto de 'assentamento'".

Antes da retirada, Benedito Roberto Barbosa, o Dito, um dos coordenadores da União dos Movimentos de Moradia (UMM), foi levado para o distrito policial acusado de desacato a autoridade. Ele é a referência de negociações entre as famílias e a polícia. Sem ter acesso a alimentação, um ativista do movimento atirou um saco de pão para o alto, em direção às janelas do prédio. Antes que Dito atirasse outro pacote, com o mesmo objetivo, foi agarrado por três policiais e encaminhado para a delegacia. O líder já foi liberado, mas registrou boletim de ocorrência contra a Polícia Militar por excesso na prisão.

O defensor público Douglas Tadashi Magami considera a detenção de Dito "um ato que se traduz em uma criminalização dos movimentos sociais". Ele explica que se as pessoas não forem sequer encaminhadas a abrigos provisórios, onde a defensoria poderia entrar com ação cívil pública contra a prefeitura.


Ocupantes relataram que não têm para onde ir e que dependem do local para não voltar a morar nas ruas. A líder da ocupação, Maria Carmelita Santos de Jesus, diz que as famílias não vão sair da calçada na frente do prédio reintegrado sem ter uma moradia definitiva ou o atendimento por meio do bolsa-aluguel.

Ela conta que o documento de aviso da reintegração de posse chegou há oito dias e que, na quarta-feira (26) foram abordados por funcionários de prefeitura que ofereceram vagas em albergues. "As famílias não tem para onde ir, são todas pessoas carentes que precisam de apoio. Vamos permanecer aqui na calçada até a prefeitura resolver a situação." afirma Carmelita.

Segundo a advogada Juliana Avanci, o processo judicial tem fragilidades, já que estariam faltando documentos de comprovação de posse por parte do autor da ação, como recibo de pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) ou outro tributo relacionado ao imóvel. A peça seria baseada em um boletim de ocorrência. Além disso, o prédio estava abandonado, segundo os sem teto.

Ocupação

De dois andares e sem manutenção, o prédio era dividido entre as famílias, garantindo a cada uma seu espaço. Havia pouca iluminação nos corredores e, segundo moradores, fazia menos de dois meses que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) havia religado o fornecimento de água. Muitos moradores trabalham como catadores de material reciclável, e os que estão desempregados são ajudados pelos vizinhos de ocupação.

Michel Anjos José da Silva vivia no local com a mulher e três filhos há oito meses. "Vim da Bahia e acabei perdendo meu emprego porque meu filho ficou doente e minha mulher de barriga (grávida), tive de cuidar dele" conta, emocionado.

Outro morador, Jeferson de Paula Gomes, relata que vive nas ruas há mais de 20 anos e não tem outro destino aonde ir com a esposa. Ele começou a trabalhar em julho para uma empresa que presta serviços à prefeitura mas não recebeu ainda o primeiro salário. "Eu gosto de trabalhar, nunca fiz nada errado. Na rua, roubam nosso documentos e nossas coisas. Antes daqui fiquei um bom tempo dormindo com a minha mulher na praça da Sé. Só quero ter onde morar", desabafa.

Tags: sem teto, posse, reintegração, são paulo, famílias

Oferenda de egípcios e fenícios










Onde nasceu Arthur Bispo do Rosário




Localizado no Vale do Cotinguiba, na zona Norte do Estado e distante apenas 54 km de Aracaju, Japaratuba é um município com 374,3 km² e com população estimada em 15.352 habitantes, segundo o censo de 2004.
Desde a sua formação, estabeleceram-se engenhos em volta da Missão, motivo pelo qual recebeu um grande fluxo de escravos. De acordo com o historiador Felisbelo Freire, o município chegou a ter mais escravos do que pessoas livres. O município também abrigou um dos mais importantes quilombos de Sergipe, hoje o povoado Patioba.




Um dos artistas mais controversos da cultura nacional, Arthur Bispo do Rosário nasceu em Japaratuba no dia 14 de maio de 1909 ou 16 de março de 2011. Na década de vinte sai de Japaratuba e vai tentar a vida no Rio de Janeiro. Lá, ingressa na Marinha exercendo a função de marinheiro e pugilista, o qual foi campeão brasileiro e sul-americano de boxe pela Marinha, na categoria peso leve. Depois ingressa na Light, companhia de fornecimento de energia carioca, e trabalha como lavador de bonde e borracheiro. Na empresa sofre um acidente e, ao mover uma ação judicial, conhece o advogado Humberto Leone. Posteriormente, trabalha na casa do advogado fazendo todo tipo de trabalho doméstico e negando-se a receber salário.
No dia 22 de dezembro de 1938 teria visto Cristo descer no quintal da casa acompanhado de sete anjos azuis. Com a visão, tudo mudaria em sua vida; proclama-se Jesus Cristo e é internado no Manicômio da Praia Vermelha com o diagnóstico de esquizofrênico-paranóico.
No ano seguinte é transferido para a Colônia Juliano Moreira, onde é alojado num pavilhão reservado aos pacientes mais agressivos e agitados. Permanece na colônia até 1944. Ao sair passa por vários empregos: porteiro de hotel, num escritório de advocacia, e como segurança do senador Humberto Marinho. No início dos anos 60 trabalha como faz tudo em uma clínica pediátrica, onde mora isolado no sótão e desenvolve grande parte de sua produção artística. Em 1969 volta para Colônia onde fica até a sua morte em 1989.




Japaratuba esta a 21 Km do atlântico, na foz do Rio que lhe dá nome. Japaratuba sustenta a mítica de que era ponto de desembarques de egípcios e fenícios, antes da colonização européia na America: “Inscrições cuneiformes relacionadas à possível presença desses povos, foram localizadas na área rural de Japaratuba. Embora não haja rigor cientifico na identificação desses sinais, a presença de egípcio e fenícios é fato na fabulação dos habitantes da cidade e em sua rede imaginária. Buscando-se semelhança entre esses trabalhos e os de Bispo, e sem qualquer intenção de se comprovar ou sugerir alguma hipótese, merecem atenção os objetos escriturais, série marcante como procedimento plástico e valorizada pela crítica em exposições”(1)




Japaratuba quer dizer rio de muitas voltas. De fato seu povo acredita na lenda que egípcios e fenícios visitavam suas terras trazendo oferendas de seus deuses.




Até de Abade para Bispo





Fontes:



http://www.japaratuba.se.gov.br/



Cartilha Cultural de Japaratuba - 1998
Sergipe Panorâmico - 2002
História dos Municípios – 2003



(1) SILVA, Jorge Anthonio e. Arhur Bispo do Rosário arte e loucura. Ed. Quaisquer, São Paulo. 2003.



Fotos retiradas do site da prefeitura de Japaratuba:




1- Alto do Lavrário



2- Igreja Matriz Nossa Senhora da Saúde



3- xangó de Dona Anininha



4- Estátua do Bispo na sua cidade natal