terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Debate "A privataria tucana e o silêncio da mídia"

Descrição
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé convida você para o debate "A privataria tucana e o silêncio da mídia" e coquetel de lançamento do livro "A privataria tucana". O evento acontece na quarta-feira (21), no Sindicato dos Bancários (Rua São Bento, 413), em São Paulo.
Participantes do debate:
- Amaury Ribeiro Jr., - autor do livro "A privataria tucana";
- Paulo Henrique Amorim - jornalista e blogueiro;
- Protógenes Queiroz - deputado, autor do pedido da instalação da CPI da Privataria.

Após a atividade, acontecerá também festa de confraternização do final de ano do Centro de Estudos Barão de Itararé.

Realização:
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

Apoio:
- Sindicato dos Bancários de São Paulo

Contato:
contato@baraodeitarare.org.br
imprensa@baraodeitarare.org.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Só se fala disso no mundo surreal


Por Dalva Teodorescu

O melhor do livro de Amaury Ribeiro Junior foi colocar em evidência o quão vivemos em um mundo surreal.

Todo mundo só fala do livro. Nos telefonemass, nos caixas das livrarias, nos bastidores da notícia, nas portarias dos prédios. Só se fala nisso.

Só a mídia tradicional não viu. Como a Carolina, da Banda de Chico Buarque.

É o assunto do momento! Aquele que interessa, caramba. Todo mundo quer ler o livro e o livro sumiu das livrarias.

Até parece coisa do tempo da ditadura.

O que aconteceu? Um divisor de águas no mundo do jornalismo? Um imprevisto?

O livro fez mais barulho do que pensavam.  Isto é fato. 

Análises e derrapagem de FHC e Vera Magalhães


Por Dalva Teodorescu

Vera Magalhães assinou um texto na Folha de São Paulo, com a rubrica análise. Sempre achei que os jornalistas deveriam usar a palavra análise com parcimônia. 

O termo requer rigor no uso dos dados, comparações, distanciamento, levantamento, confirmação ou infirmação de  hipóteses, por exemplo. Tudo isso não combina  com textos de opinião.

Mesmo assim me dispus  a ler o texto. Fiquei pasma! Em “sua “análise” sobre a correlação de forças no jogo da disputa tucana para 2012, a jornalista escreveu que “ todos os nomes colocados na praça são “japoneses””. 

Fiquei tonta, reli a matéria para ver se a frase estava na boca de algum político desnaturado. Não! Era da jornalista mesmo. Ela ainda repetiu a história do nome “japonês” para se referir ao candidato petista.
   
Não entendi o que Vera Magalhães quis dizer com nomes "japoneses". Indaguei uns e outros, ninguém entendeu o sentido, mas todos perceberam ali uma frase xenófoba.

Mais do que falta de tato e bom senso a frase é pejorativa e denota preconceito contra um povo refinado, que compõe a nossa sociedade e contribui enormemente para a riqueza da nossa cultura e para a cultura universal.

Lamentei a derrapagem da jornalista e fiquei preocupada com a negligência da equipe editorial.

Pois não é que lendo uma entrevista de Fernando Henrique Cardoso, no Estadão, encontrei a maldita frase sobre os candidatos japonês”. "Está iguaizinho. É tudo “japonês”", disse o ex-presidente.

Lamentável.

Quem será que copiou quem? Mais lamentável ainda.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um peso e uma medida ou: A privataria Tucana e o silencio da mídia

Por Dalva Teodorescu


Saiu o esperado livro de Amaury Ribeiro Júnior sobre a privataria tucana e o alto envolvimento da família do ex governador José Serra no esquema.

O assunto foi capa da revista Carta Capital desta semana. A farta documentação, colhida pela PF, comprovando o esquema, mereceu comentário do excelente Nirlando Beirão, no Jornal de Heródoto Barbeiro, na Record News, e do Jornal da Gazeta, de Dácio Nitrine.

Curiosamente, notou se um silêncio sepulcral por parte da velha mídia. Nem uma palavra sobre o assunto partiu dos editoriais da Folha de São Paulo, de O Estado de São Paulo ou de O Globo.

Nem tão pouco da boca dos justiceiros matinais dos Jornais de rádios, como o Jornal da Manhã, da Jovem Pan, e os Jornais da Band e Band News.

Os denunciadores de serviço, Fernando Rodrigues, Eliane Catanhêde, Janio de Freitas, Ricardo Boechat, Datena, Joseval Peixoto, todos se calaram sobre o fato.

Nem uma palavra que seja para contestar o autor do livro, dizer que está sendo processado pela família tucana, qualquer coisa. Mas não; preferiram o silêncio, um meio de se comunicar como outro, mas que pode ser mais fatal do que qualquer palavra, escrita ou falada.

 A pergunta que vem à mente é:  O que têm os tucanos da capital paulista para a mídia os preservarem de seus malfeitos, seja quais forem as circunstâncias?  

O que temem os nobres jornalistas que se atropelam uns aos outros para denunciar as falcatruas de qualquer outro partido, menos as do partido de Higienópolis?

A mídia brasileira se acoberta no padrão SIP de informar, para praticar, de maneira impune e confiante, uma oposição mais do que seletiva.  

Mas a Sociedad Interamericana de Prensa (SIP) está sendo contestada em toda a América Latina. Na Argentina, os abusos da mídia tradicional foram tão longe que, hoje, os jornalistas preferem omitir a profissão para evitar o menosprezo expresso no olhar do povo. Claro que estamos falando de um povo bem informado, psicanalisado e crítico por excelência.  

O povo brasileiro não é o argentino, mas as coisas podem mudar com o acesso à educação e a aquisição de capital cultural.  

Neste dia, talvez, o padrão SIP tenha que prestar conta à sociedade brasileira, como está acontecendo na vizinha argentina.  



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O que você consume, pode te consumir

Por Diego da Silva T Mota
4º Semestre Jornalismo


O ato de comprar e consumir nem sempre retrata uma necessidade do indivíduo, muitas vezes essa vontade imensa de estar comprando é um vicio, onde a pessoa não se dá conta de que está viciada e portanto nem sonha em parar de consumir.


            Vivemos em um mundo capitalista, onde cada vez mais as pessoas são levadas a comprar coisas novas, a cada novo lançamento de um celular, de uma televisão, de um carro, de um vídeo-game, de um computador ou qualquer outro produto, as pessoas ficam desesperadas para comprar e poder não somente usar seu aparelho, mas mostrar que está por dentro das novidades. Até aí, nenhuma novidade, pois cada produto novo que é lançado, o produto que era antigo vai perdendo atenção. Um vídeo-game, por exemplo, é um aparelho que não é possível ficar com o mesmo modelo por muito tempo, pois os jogos e o conserto do aparelho vão sendo extintos, sendo criados jogos para o novo modelo, assim como a especialização do conserto. Portanto, para se viver num mundo capitalista, de fato você deve comprar e consumir.

            No entanto, as pessoas acabam pegando um gosto por comprar as coisas e, a partir daí, aparece o risco do vício. Onde você nem ao menos para para pensar se realmente precisa de tal objeto, seja uma roupa, um aparelho eletrônico, um móvel; você simplesmente compra por já estar viciado no prazer que é gastar o dinheiro e comprar algo. Simplesmente quando você chega em casa você percebe que não precisava daquilo, mas já que comprou, vai usar. E assim inicia um ciclo vicioso, onde ao comprar você é levado apenas pelo prazer, pela sensação e não pela razão, pela necessidade.
Foto tirada no Sesc Vila Mariana - SP

            Muitas pessoas não têm renda suficiente para consumir e gastar tanto, e mesmo assim, acaba comprando, se atolando em dívidas que não sabe como pagar e se afundando. O vício do consumismo é um vício que, assim como outros, pode acabar com a vida de alguém. A publicidade, cada vez mais cria comerciais, propagandas, de modo a induzir sempre o consumo de forma constante, e de fato consegue seduzir a população que, a todo instante, está consumindo. E esse constante consumo se dá por conta de que as pessoas não ficam saciadas nunca com as coisas que têm, desejam tanto um produto, mas logo que o compram, ele já não é tão bom, e é necessário outro.
            O desejo é um sentimento perigoso e muitas vezes insaciável. Pessoas formam grupos de ajuda para lutar contra esse vício de compra, grupos como alcoólicos anônimos ou outros tantos. O primeiro passo é saber que está viciado, parando apenas por alguns segundos para refletir o porquê de estar comprando. É um vicio que consome e estraga vidas, assim como todos os outros, e por isso não se pode ter vergonha de buscar ajuda.

           

Os leitores da Folha e o câncer de Lula




Muito me admirou o texto de Gilberto Dimenstein sobre a falta de sensibilidade dos inúmeros leitores da Folha de São Paulo que escreveram desejando todo o mal do mundo para Lula e o seu câncer na laringe.  

Ora, os leitores que escreveram para Dimenstein foram criados com a mamadeira da Folha. Mamadeira vitaminada de ódio e preconceito social contra o ex-presidente. 

A agressividade, a falta de respeito e de educação em relação à doença do ex-presidente, que tanto chocou Dimenstein, são destiladas diariamente pelo Jornal e choca muitos daqueles que reconhecem os bem feitos do ex-presidente. 

Como bem disse o colunista, cabe aos jornalistas educar os leitores.  Foi o que sempre fez a Folha que colhe nesse episódio o que semeou em suas colunas e editoriais.   

Ou só os jornalistas podem destilar ódio e preconceito? 


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os jogos Pan Americano e o silêncio da velha mídia

Foi vergonhosa a cobertura dos jogos Pan Americano pela velha mídia.

Acamada, pude assistir a completa e excelente cobertura dos jogos pela TV Record. Nunca ouvi tantas vezes seguidas o nosso Hino Nacional. 

Os jogos foram um sucesso para o Brasil. Mostrou o quanto melhorou a qualidade de nossos atletas. O Brasil ficou com o honroso segundo lugar, no total de medalhas, perdendo só para os EUA, e disputou até o fim o segundo lugar em ouro com Cuba, tradicionalíssima em esportes, e ultrapassou o Canadá. Outro tradicional ganhador de ouro. 

Foram 136 medalhas no total, sendo 48 de ouro. Um avanço considerável em relação aos jogos anteriores. Mas a mídia preferiu o silêncio sobre o assunto. 

Afinal, o que é bom para o Brasil não é bom para  a velha mídia. 

Em um total desrespeito aos nosso bravos atletas a mídia ignorou os jogos. A disputa final do vólei entre Cuba e Brasil ocorreu tarde da noite. No dia seguinte abri os jornais para ver o resultado. 
Fiquei pasma. Nada nas manchetes sobre o jogos. Abri o caderno de esporte. Só dava Corinthians, Portuguesa, etc., ou seja, o velho e maribundo futebol, sustentado pela velha FIFA e pela aliada de todos instantes, a  Rede Globo. 

Será que se a cobertura dos Jogos Pan Americano tivesse sido realizada pela Globo, nossos atletas medalhados teriam direito às primeiras páginas, que fosse do caderno esporte? Certamente sim. 

Mas venceu a ignorância e a mesquinhez da velha mídia. Por interesses esdrúxulos preferiram boicotar os nossos 136 atletas de ganharam medalhas em Guadalajara.

Os atletas estavam muito à vontade. Felizes, participavam de brincadeiras disputando jogos com os jornalistas da TV. Um clima realmente descontraído.

Claro, tanto sucesso é de dar inveja para os outros órgãos de comunicação. 

A Democracia no Brasil se fortalece, mas está longe de atingir a mídia em geral, que continua nas mãos dos poucos mesmos. Tal como o Congresso Nacional, é urgente começar uma faxina na mídia nacional. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Dr. Lula e a elite brasileira


 O artigo do Sr. Ricardo Velez Rodriguez, publicado no jornal O Estado de São Paulo, criticando o título de Dr. Honoris Causa concedido ao ex-presidente Lula, pelo Instituto de Ciências Políticas de Paris, foi extremamente deselegante com uma das mais importantes instituições Francesas, da Europa e, com certeza, do mundo.  

O artigo peca por total falta de compostura científica, quando chama o Instituto de Ciências Políticas de Paris, de “casa de estudos” e total falta de desrespeito ao diretor da Instituição e seus membros, que, por unanimidade, concederam o título ao ex-presidente brasileiro, quando diz que o título “ou é uma boa piada ou fruto de tremenda ignorância”.

Ignorância? Dos cientistas do Sciences Po?  De quem é a tremenda ignorância?

Talvez seja necessário esclarecer que Sciences Po forma a elite intelectual francesa, da qual saem muitos presidentes e ministros de Estado. A seleção para entrar no Science Po é das mais rigorosas e é preciso apresentar boletim escolar com as melhores notas, desde a maternal.   

O Sr. Velez Rodriguez assina como Coordenador do Centro de Pesquisa Estratégica da Universidade de Juiz de Fora. Não disse sua formação ou especialidade em pesquisa. Mas a falta de rigor e o tom, francamente panfletário, do seu texto indicam a distância cultural do pesquisador de Juiz de Fora com a Instituição de Paris.

Terminado o artigo, pensei comigo mesma. Este é um artigo de cunho político e não científico. Sinceramente, o coordenador teria poupado, em muito, a sua Instituição se não tivesse associado seu nome a ela.

Uma presepada da qual o Centro de Pesquisa Estratégica da Universidade de Juiz de Fora poderia ter se passado. Como dizia minha mãe, para que tanto estudo?  

O diretor do Sciences Po, Richard Descoings, já havia enfrentado o provincianismo de certa categoria de brasileiros, ao conceder entrevistas aos correspondentes da mídia nacional.

A jovem correspondente do Jornal O Globo, chegou a questionar Descoings  do por que atribuir o premio ao Lula e não ao FHC. Um vexame! Elegante e culto FHC tem familiaridade com a Intelectualidade francesa e, com certeza, deve ter se sentido muito constrangido.

Outras questões, igualmente fora de propósito, foram feitas pelos jornalistas brasileiros, como, por exemplo, se o título fazia parte da política da instituição francesa de discriminação positiva.

Imagine! Os franceses cultos e cheios de espírito se deliciaram com ironias. A descompostura da mídia brasileira foi muito comentada  na França e foi notícia nos jornais da Argentina.  

Não se iludam, Jamil Chade, Sílio Bocanera  e o saudoso Reali Júnior são das raras exceções, entre os correspondentes nacionais, que conseguem entrevistar pessoas de alto nível cultural sem causar vexame e desconforto, pelo pouco aprofundamento ou mesmo conhecimento dos temas  tratados.

Já os franceses, como muitos brasileiros vivendo na França, têm na memória o período antes de Lula, quando o Brasil só aparecia na imprensa francesa associado às crianças de rua e à reputação de puta de suas mulheres.

Era uma imagem triste e difícil de ser revertida pelos expatriados brasileiros, por mais que lutassem por isso.

Foi da noite para o dia, com a chegada do então ministro das relações exteriores Celso Amorim, que as telas dos cinemas e da televisão francesa foram inundadas com publicidade associando o Brasil ao desenvolvimento, focando na indústria, com a Embraer, e na agricultura, com nossos vastos campos cultivados. Da noite para o dia os franceses começaram a falar em celeiro do mundo, se referindo á agricultura do Brasil.

Quem não tinha votado em Lula, logo reconheceu seu valor enorme na mudança da imagem do Brasil. Esse é um exemplo da política externa de Lula. Outra, de grande efeito, foi o pagamento da sua dívida com o FMI e o Clube de Paris. Sem falar no comércio que desenvolveu com os países do cone sul, muito útil nessa crise dos países ricos.  

O Francês também sabe que uma das causas profundas da desigualdade social no Brasil é o conservadorismo e o preconceito ostentado por suas elites, tão bem representados pelo Sr. Velez Rodriguez.  De fato, um dos maiores problemas da oposição brasileira não são seus líderes políticos, mas os seus eleitores, e sem dúvida o sr. Velez Rodrigues é um deles.

Dalva Teodorescu
São Paulo Capital

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Universidade espanhola concede título de doutor a Lula

Deu na Folha On Line 


06/10/2011 - 18h13

DA EFE, NA ESPANHA


O Conselho de Governo da UIMP (Universidade Internacional Menéndez Pelayo) aprovou nesta quinta-feira (6) a concessão do doutorado honoris causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reconhecimento a seu "papel fundamental" na erradicação da pobreza e na luta pela democracia.

Em comunicado, a UIMP destacou que após assumir a presidência do Brasil, Lula tentou erradicar a pobreza, impulsionou a criação de empregos, investiu em programas sociais e cortou as taxas de juros.

Na política externa, o ex-presidente nascido em 1945 e fundador do PT em 1980 buscou o reconhecimento internacional e assinou vários acordos, defendeu a Amazônia e reivindicou para o Brasil um posto permanente no Conselho de Segurança da ONU.

O comunicado lembra também do segundo mandato de Lula, quando ele se centrou no Mercosul, na Unasul (União de Nações Sul-Americanas), e no Grupo do Rio, embora tenha mantido uma boa relação com os Estados Unidos e a União Europeia.

A UIMP acrescentou que o ex-presidente, também agraciado com o prêmio Príncipe de Astúrias de Cooperação Internacional e o prêmio pela Paz da Unesco, alcançou níveis de popularidade inéditos, reconhecimento internacional, uma significativa redução da pobreza, e a realização dos jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016.

A cerimônia de entrega do prêmio será no próximo verão, no Palácio de La Magdalena de Santander.
Além de Lula, a UIMP também concederá o doutorado honoris causa ao jornalista espanhol Iñaki Gabilondo por sua defesa da liberdade de expressão, que, de acordo com o comunicado da universidade, se reflete em uma aposta constante em um jornalismo de qualidade e no seu compromisso com a informação.

A soprano espanhola Montserrat Caballé, o cardiologista espanhol Valentín Fuster e a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet são alguns dos doutores honoris causa da UIMP.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Peguém leve com Marta Suplicy

Por Dalva Teodorescu


Prévias par decidir candidatos de partidos são saudáveis e necessárias, mas a turma pega pesado dentro do próprio partido.

Agora, os apoiadores de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo estão ameaçando, com retaliações futuras, os que votarem na Marta Suplicy .

Marta tem direito e legitimidade para a disputa. Já provou ser excelente gestora da cidade.

Os que alegam que São Paulo carece de pessoas novas na política também estão no seu direito.

É bom começarem a respeitar a democracia interna ao partido e deixar os militantes escolherem livremente seu candidato.

O ministro conta com o apoio do Lula, mas não é motivo para ir tão longe.

Um debate entre os pré-candidatos seria bem vindo.

A Esquerda e direita no Brasil 3

Por Dalva Teodorescu

No Brasil, quando se apoia um governo trabalhista ou políticas de cunho socialista logo se é taxado de Lulista ou Petista.

Fico pasma, pois os termos podem mesmo ser pejorativos.

Portanto não é difícil reconhecer que no governo do Partido dos trabalhadores o valor do salário mínimo está aumentando de forma progressiva e programas sociais de envergadura foram criados, o que resultou em uma redução significativa da extrema pobreza.

E, mais importante, acabou com a dívida do Brasil ao FMI, o que garantiu independência à política econômica brasileira.

Poderia ter feito mais, como a reforma agrária e uma reforma tributária justa, que permita maior divisão da renda, sem falar na diminuição da carga horária do trabalhador. Esta muito defasada em relação aos países desenvolvidos.

Para isso, teria de contar com uma base partidária de esquerda. Como supostamente não existe ideologia de esquerda e de direita, a base partidária se faz por interesses de circunstâncias.

O PSOL se une ao DEM e ao PSDB contra o PT e o PT se une ao PMDB contra os primeiros. E o comunista Aldo Rebelo se uniu ao aos ruralistas para aprovar o seu código florestal.

Todos perdem. Primeiro os próprios partidos, em credibilidade, em seguida a população que veem os direitos dos trabalhadores avançarem à conta gotas, ao sabor de interesses de grupos dominantes, como os ruralistas, os grandes empresários e, principalmente, os grupos financeiros.

O PSOL ou: a esquerda e a direita no Brasil 2

Por Dalva Teodorescu

O PSOL é um partido que me intriga. Confesso que já votei em candidatos do PSOL, mas hoje questiono esse voto.

Causa-me estranheza o PSOL se dizer um partido de esquerda ao ponto de romper com o PT, por não concordar com as políticas de seu governo, fazer seguidamente alianças com a oposição de direita, ou seja, com o DEM, o PSDB e com o PPS, sem a menor cerimônia.

Alguém já viu o Partido Comunista Francês ou o Novo Partido Anticapitalista fazer alianças com o UMP, partido de Sarkozy, só para fazer oposição ao PS? Impossível de imaginar.

Do mesmo modo, alguém viu o Partido Comunista Italiano fazer aliança com a Liga do Norte ou com o Força Itália de Berlusconi? Nunca.

Podem ser inimigos nos pleitos eleitorais, nos programas políticos, podem classificar os socialistas de esquerda caviar, mas na hora de ganhar eleições se unem contra a direita. Isso é regra.

Pois o PSOL, nas eleições municipais de 2006 declarou voto ao Kassab, dizendo que era um voto anti PT. Não sei se o PSOL assume isso, mas é a pura verdade.

Não ocorreu aos líderes do partido que estavam votando não contra a Marta Suplicy, mas a favor de um prefeito do DEM, o partido que apoiou a Ditadura Militar, sem constrangimento, quando se chamava ARENA e que depois virou PFL antes de se autodenominar pomposamente Democratas.

É demais. Se o PSOL quer ser um partido de esquerda, mais à esquerda do que o PT, é um direito seu e é saudável, mas que seja coerente fazendo uma oposição de esquerda.

O PSOL pode, por exemplo, se unir ao PSTU ou outras siglas de esquerda que aparecem por ocasião das eleições.

Claro que não teria os mesmos holofotes de quando se alia ao DEM e o PSDB, mas seria mais credível e mais coerente com sua reivindicação de partido de esquerda.

A esquerda e a direita no Brasil 1

Por Dalva Teodorescu

No Brasil, costuma se dizer, não existe mais diferenças entre a política de esquerda e de direita. A noção estaria assim obsoleta. Essa é a opinião de muitos partidos políticos e também da maior parte da mídia.

Nada de mais falacioso. A ideia convém aos partidos desprovidos de ideologia, que veem na atividade política um balcão de negócios.

Existem sim políticas de esquerda e de direita. A democracia não invalida essas noções, ao contrário as reforça.

É só ver o exemplo da Social Democracia Europeia, onde os partidos e seus eleitores nunca deixaram de se classificar como de direita, de esquerda e de centro. É assim na Inglaterra, na França, na Espanha, na Alemanha, na Itália e no Portugal, para citar alguns.

Dificilmente um brasileiro se diz de esquerda. De direita então nem se fala. Ninguém é de direita e nenhum partido se autodenomina de direita, nem mesmo o DEM.

Em um governo de esquerda, ou trabalhista, a presença do Estado na economia é importante. Suas políticas devem beneficiar os mais carentes. A distribuição da renda se faz através da cobrança de impostos (Os ricos pagam mais), de um salário mínimo que cubra os gastos reais do trabalhador e de políticas sociais voltadas para os mais pobres. No caso de países como o Brasil, com grande extensão de terras e grande massa populacional na extrema pobreza, a reforma agrária é uma realidade inevitável.

Em um governo de direita, o Estado prioriza a economia liberal: ou seja, menos presença do Estado e mais mercado. As verbas para políticas sociais são as primeiras a serem cortadas. As parcerias com entidades da sociedade civil são praticamente desfeitas. Os impostos incidem sobre os mais pobres, porque o mercado, em geral, é subsidiado.

As consequências diretas é o aumento da pobreza, da exclusão social e da violência. É o que se vê, hoje, na Inglaterra e na França. Com os cortes de verba para as políticas sociais e para as ONGs que atuam com os jovens vulneráveis, a violência na periferia explode.

E quando o mercado coloca a economia em crise, chama-se o Estado para resolver, injetando somas monstruosas no mercado financeiro.

Está na hora de acabar com essa hipocrisia e assumir que existe sim diferença entre a esquerda e a direita e dar nomes aos bois.

Se não houvesse abolido a noção de esquerda e direita, os partidos seriam obrigados a escolher o seu campo por ideologia e não por conveniência, como acontece agora com o recém-nascido PSD, do Kassab.

Cria do DEM, o Partido Social Democrático agrupou políticos de vários partidos de direita e centro-direita e diz que não é nem de esquerda, nem de direita e nem de centro.

Kassab cresce com seu PSD e detona PSDB e DEM

Por Dalva Teodorescu

Quem diria que o Kassab, cria de José Serra com o apoio da mídia tucana, iria detonar o PSDB paulista.

E não foi só o tucanato paulista, o DEM também foi dizimado, com o nascimento do PSD.

O  Partido do Kassab, que já chegou grande na Câmara dos Deputados, vai desalojar o DEM da grande sala que ocupa, bem ao lado do plenário.

Um dos mais confortáveis entre os alojamentos do partido, a sala era uma herança dos tempos do PFL, onde mandava Antonio Carlos Magalhães.

Extrema direita universitária se alia a skinheads

Nara Alves e Ricardo Galhardo, iG São Paulo


26/09/2011 07:00


Jovens estudantes neo-conservadores fogem ao estereotipo de arruaceiros mas defendem ação violenta das gangues


Eles não são fortões, não lutam artes marciais, não usam tatuagens com suásticas e preferem os livros e computadores às facas e socos ingleses. Em vez de estações de metrô e shows de punk rock, seu habitat natural são as quitinetes apertadas do Crusp ou os vastos gramados da USP (Universidade de São Paulo). Eles são os neoconservadores, jovens universitários que defendem valores como o direito à propriedade e a fidelidade matrimonial.

À primeira vista, parecem mais universitários comuns, magricelas, com suas calças largas, camisetas amarrotadas e a barba por fazer. Mas apesar de estarem longe do estereotipo do jovem arruaceiro, cerraram fileiras ao lado de skinheads musculosos nas marchas em defesa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e na anti-Marcha da Maconha.

“Estamos aqui para batalhar tanto intelectualmente quanto fisicamente”, apregoa Celso Zanaro, 22 anos, estudante de Geografia da USP. “O que precisamos é de homens dispostos a morrer por seus valores”, completou.


Folheto faz propaganda da UCC na USP

Zanaro é um dos quatro integrantes do núcleo duro da União Conservadora Cristã (UCC), organização criada em julho do ano passado nos corredores da USP com os objetivos declarados de defender valores como o casamento, a fidelidade conjugal, direito à propriedade e combater o predomínio do pensamento marxista no meio acadêmico e político.

Pouco mais de um ano depois da criação, a UCC conta com 16 membros, 14 da USP e dois da Unicamp. Parece pouco mas nas eleições para o diretório central da USP, os neoconservadores ficaram em 5º lugar entre as dez chapas concorrentes.

“Na época da campanha fomos procurados pela juventude do PSDB mas não dá para fazer aliança aqui dentro”, disse Zanaro.

Em mais de duas horas de conversa, entre um cigarro e outro, o estudante citou pelo menos 15 autores conservadores, muitos deles nunca traduzidos para o português. Mas as principais referências do grupo são o jornalista Olavo de Carvalho (que defende a pena de morte para os comunistas), o integralismo (versão brasileira do nazismo) de Plínio Salgado e o ultra-conservadorismo de Plínio Correia de Oliveira, fundador da extinta TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade).

Sobre a ditadura militar, Zanaro diz: “Se negarmos com veemência a ditadura não estaremos fazendo nada a mais do que reforçar o discurso comunista. A ditadura foi necessária num contexto”.

Na verdade, ele lamenta a falta de pulso do comando atual das Forças Armadas por não intervir no governo Luiz Inácio Lula da Silva durante o escândalo do mensalão.

“A função das Forças Armadas é respaldar as instituições democráticas. O Legislativo é uma delas. A partir do momento em que existiu um esquema para comprar o Legislativo e as Forças Armadas não depuseram o presidente, elas não cumpriram seu papel”.

Para os jovens da UCC, a USP é um antro comunista, nenhum partido político é suficientemente conservador, a pedofilia na Igreja é fruto da infiltração de agentes da KGB, o sexo é uma forma de idiotização da juventude, Geraldo Alckmin colocou uma mordaça gay na sociedade paulista, Fernando Henrique Cardoso foi o criador de Lula e Lula é o próprio anticristo.

Embora tenha resistido à abordagem da juventude tucana, a UCC votou em massa em José Serra nas eleições presidenciais do ano passado, mas com ressalvas. “Serra é um sujeito que, embora tenha se aliado a setores conservadores e renegado uma postura mais virulenta de esquerda, não abandonou totalmente estes ideais”, justificou.

Os integrantes da UCC dizem ser contra qualquer tipo de violência mas não escondem a admiração pelos skinheads, aliados de ocasião. “Essa postura de combate me inspira muito. Uma inteligência que não está disposta ao combate é uma inteligência vazia”, disse Zanaro que, no entanto, faz questão de demarcar o território. “Eles se dizem de extrema-direita mas o líder deles é vegetariano”.

A aproximação tem base na argumentação ideológica dos neoconservadores, segundo a qual é necessária uma elite intelectual que sirva de referência para a massa. “Uma massa conservadora sem uma elite é uma massa de manobra. Não existe educação para as massas. Precisamos de uma alta cultura que sirva de referência para estas massas”, disse Zanaro.

Apesar da aproximação com grupos que, no limite, praticam a intolerância contra minorias, o líder da UCC esclarece que o movimento não tem ligações como nazismo. “Não somos neonazistas. Ao contrário. Defendemos o estado de Israel”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Deu na Folha On Line

27/09/2011 - 11h03


Ex-presidente Lula recebe hoje mais um título de doutor

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá nesta terça-feira (27) seu sétimo título doutor "honoris causa", da universidade francesa Sciences Po. A cerimônia de outorga ocorrerá na França.

Doutor "honoris causa" é o titulo atribuído à personalidade que se tenha destacado pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras ou do melhor entendimento entre os povos.

Lula será a 16ª personalidade --a primeira latino-americana-- que receberá essa láurea desde a fundação da Sciences Po, em 1871. O último a ser titulado pela instituição foi o ex-presidente tcheco Václav Havel, em 2009.

Luiz Carlos Murauskas - 15.jul.2011/Folhapress

O ex-presidente Lula receberá hoje seu sétimo título doutor honoris causa

Na ocasião, segundo a instituição, Jean-Claude Casanova, membro do Instituto da França e presidente da Fundação Nacional das Ciências Políticas, pronunciará o "elogio do impetrante" e outorgará o título ao brasileiro na presença dos professores da universidade.

"Mais do que um reconhecimento pessoal, é uma homenagem ao povo brasileiro, que nos últimos oito anos realizou, de modo pacífico e democrático, uma verdadeira revolução econômica e social", afirmou o ex-presidente.


Lula já foi laureado pela Universidade Federal de Viçosa (em janeiro), pela Universidade de Coimbra (março) e, em julho, pela Universidade de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal Rural de Pernambuco.

No último dia 20, ele recebeu em Salvador seu sexto título, outorgado pela Universidade Federal da Bahia.

SCIENCES PO

A Universidade Sciences Po é uma instituição de ensino superior e de pesquisa em ciências humanas e sociais. A universidade tem 10 mil estudantes, dos quais 40% são estrangeiros, oriundos de mais de 130 países.

Foram alunos da instituição os ex-presidentes franceses Jacques Chirac e François Mitterrand, além do príncipe Rainier 3º de Mônaco, do ex-secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) Boutros Boutros-Ghali e do escritor Marcel Proust.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Com maioria no Senado a esquerda avança na França

Por Dalva Teodorescu

O dia 25 de setembro de 2011 vai marcar a história da esquerda francesa. Por voto indireto, a esquerda obteve 177 vagas das 348 no senado, duas a mais para a maioria absoluta.

É a primeira vez desde 1958, quando foi instituída a Vª República por Charles de Gaulle.

Há sete meses das eleições presidenciais de 2012, a virada à esquerda da Câmara alta é um trauma para a direita e para Nicolas Sarkozy.

Depois de perder as eleições municipais e as regionais, a derrota no senado para o partido socialista relança o debate, no campo de Sarkosy, sobre qual estratégia adotar para 2012.

Surge também a questão se Sarkosy vai conseguir adotar sua ‘regra de ouro’ sobre o equilíbrio financeiro que queria inserir na Constituição Francesa.

Claro, o governo francês vai poder contar com o voto da Assembleia Nacional (câmara dos deputados), mas reconhece que é um mau sinal para 2012. Vários ministros de Sarkosy acusam a divisão da direita e pregam união para 2012.

Com Dominique Strauss Khan ou não, os socialistas sempre lideraram as pesquisas de opinião, as vitórias sucessivas parece confirmar este fato. Aguardemos 2012.

O Discurso de Dilma Rousseff na ONU

Por Dalva Teodorescu


Estávamos em férias, mas não podemos deixar de registrar a brilhante prestação da presidenta Dilma Rousseff na abertura da 66.ª Assembleia-Geral da ONU.

Cabe ao Brasil a abertura anual da Assembleia Geral da ONU desde que o diplomata brasileiro, Oswaldo Aranha, inaugurou a primeira Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU, em 1947. Chefe da Missão Brasileira junto à ONU, Oswaldo Aranha foi eleito Presidente da ONU em 1947 e reeleito em 1948. Presidiu a sessão de16 de setembro de 1947 em foi aprovada a partilha da Palestina que resultou na criação do Estado de Israel em 1948.


A tradição de ser um brasileiro o primeiro orador da Assembleia Geral da ONU se mantém até hoje o que permitiu à presidente Dilma Rousseff abrir a sua 66.ª Sessão.


Dilma fez história por ter sido a primeira mulher a abrir a Asssembleia Geral da ONU mas também por seu discurso firme ao reafirmar o apoio brasileiro à criação de um estado Palestina e ao seu reconhecimento como estado membro das Nações Unidas.

Também deu grande espaço em seu discurso para a crise econômica internacional. Pediu regulamentação do capital financeiro e fez duras críticas aos países desenvolvidos, por não buscarem soluções políticas para a crise econômica internacional. Soluções que acredita ser mais políticas que financeiras.

Dilma foi aplaudida várias vezes por uma Assembleia repleta.

Aqueles que disseram que o Discurso de Dilma seria ofuscado pelo de Obama, que veio a seguir, se enganaram.

Obama não brilhou. Fez um discurso opaco sobre a Primavera árabe. Excluiu completamente a crise econômica.

Pior, contradisse seu discurso de um ano atrás, na mesma Assembleia, quando insistiu na criação do Estado Palestino a ser apresentada naquela Assembleia. Em num ato precipitado, Obama anunciou o que todos já sabiam: Que iria vetar a proposta de reconhecimento pela ONU da criação de um Estado Palestino.

Obama decepcionou há muitos ali presentes. Sarkozy aproveitou o desgaste do presidente americano e ousou criticar diretamente a posição americana. Disse que a questão Palestina não pode ser a vontade de um único país e propôs que a ONU acate a ideia de um estado Palestino observador e não membro.

Já Dilma insistiu na necessidade de mudança da geopolítica mundial e na urgência de uma reforma do conselho de segurança da ONU para dar espaço a novos atores internacionais.

Tudo isso sem esquecer a importância de uma maior participação das mulheres nas questões políticas.

Um discurso histórico por quem tem o senso da história.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Apoio à Palestina na ONU

Impressionante! Mais de 1 milhão de pessoas assinaram a petição -- nossa grande entrega na ONU será na terça-feira. Vamos chegar em 1.200.000 assinaturas. Assine abaixo e encaminhe para todos!


Queridos amigos,

O povo palestino está pedindo ao mundo que reconheça a Palestina como um Estado. Mais de 120 países já abraçaram essa iniciativa, mas os EUA e Israel estão tentando impedir. Os líderes europeus estão em cima do muro. Em 24h, a proposta vai ser apresentada na Assembleia Geral da ONU. Se conseguirmos persuadir a Europa a apoiar esse apelo legítimo e não violento agora, isso pode incentivar uma mudança dramática rumo à paz. Clique para assinar a petição urgente:

Em menos de 24 horas, a Assembleia Geral da ONU vai se reunir e o mundo terá a oportunidade de abraçar uma nova proposta que poderá mudar a maré de décadas de fracassadas negociações entre Israel e Palestina: o reconhecimento do estado da Palestina pela ONU.

Mais de 120 nações do Oriente Médio, África, Ásia e América Latina já abraçaram essa iniciativa, mas a ala direita do governo de Israel e os EUA estão tentando bloquear esse processo. A Europa ainda está indecisa. Somente um massivo empurrão público poderia incentivar esse bloco a votar com o resto do mundo nessa oportunidade única de acabar com 40 anos de ocupação militar.

Iniciativas americanas fracassaram por décadas, enquanto Israel confinou os Palestinos a pequenas áreas, confiscou suas terras e bloqueou sua independência. Essa nova corajosa iniciativa poderá ser a melhor oportunidade para se iniciar a resolução desse conflito. Nós temos apenas 24 horas para convencer a Europa para abraçar a proposta de independência e deixar claro que os cidadãos ao redor do mundo apoiam esse apelo legítimo, não violento e diplomático. Assine a petição e envie para todos -- vamos alcançar 1.200.000 assinaturas:

http://www.avaaz.org/po/independence_for_palestine_en/?vl

Apesar das raízes dos conflitos entre Israel e Palestina serem complexas, a maioria das pessoas de todos os lados concordam que o melhor caminho para paz é a criação de dois estados. Entretanto, repetidos processos de paz têm sido enfraquecidos por violência em ambos os lados, a construção extensiva de assentamentos feita por Israel na Cisjordânia, além do bloqueio humanitário na Faixa de Gaza. A ocupação de Israel diminuiu e fragmentou o território palestino e tornou a vida dos palestinos uma prova diária. A ONU, o Banco Mundial e o FMI anunciaram recentemente que os palestinos estão prontos para governar um estado independente, mas disseram que o grande empecilho para o sucesso é a ocupação de Israel. Até mesmo o presidente dos EUA pediu para que os assentamentos tivessem um fim e retornassem às fronteiras de 1967 com a troca acordada de terras, mas o primeiro-ministro israelense Netanyahu se recusou furiosamente a cooperar.

É chegada a hora de mudar dramaticamente de processos de paz fúteis para um novo caminho para o progresso. Enquanto os governos de Israel e EUA estão chamando a iniciativa de “unilateral” e perigosa, na verdade, as nações mundiais definitivamente apoiam esse movimento diplomático não-violento. Um reconhecimento global da Palestina poderia acabar com o discurso de extremistas que dizem que a violência é a única solução, além de promover um movimento de crescimento sem violência palestino-israelense em sintonia com a dinâmica democrática de toda a região. Mais importante, o reconhecimento resgataria um caminho para uma solução negociada, e permitiria o acesso dos palestinos à uma variedade de instituições internacionais que podem ajudar a avançar a liberdade palestina, e enviar um sinal claro para o governo pró-assentamento de Israel que o mundo deixará de aceitar sua impunidade e intransigência.

Por muito tempo, Israel enfraqueceu a esperança por um estado palestino. Por muito tempo, os EUA os apaziguou, e por muito tempo a Europa se escondeu atrás dos EUA. Agora, a Europa está em cima do muro em relação à legitimidade do estado palestino. Temos apenas 24 horas para alcançar 1.200.000 assinaturas. Vamos apelar aos líderes europeus, para que eles fiquem do lado correto da história e apoiem a declaração palestina de liberdade e independência, com apoio esmagador, e ajuda financeira. Assine a petição urgente para a Europa apoiar esse passo para uma paz duradoura entre Israel e Palestina:

http://www.avaaz.org/po/independence_for_palestine_en/?vl

A legitimidade do estado palestino não vai trazer uma solução para esse conflito rebelde do dia pra noite, mas o reconhecimento vai mudar a dinâmica e começará a destravar as portas para a liberdade e paz. Por toda a Palestina, as pessoas estão se preparando com esperança e expectativa para recuperar uma liberdade que eles jamais conheceram. Vamos nos unir a eles e pressionar nossos líderes para fazerem o mesmo, assim como apoiaram o povo do Egito, Síria e Líbia.

Com esperança e determinação,

Alice, Ricken, Stephanie, Morgan, Pascal, Rewan e toda a equipe da Avaaz


MAIS INFORMAÇÕES


Quase 130 nações já reconhecem independência palestina (Estado de S. Paulo)

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,quase-130-nacoes-ja-reconhecem-independencia-palestina,757443,0.htm

China manifesta apoio a Estado palestino (Diário do Grande ABC)

http://www.dgabc.com.br/News/5909186/china-manifesta-apoio-a-estado-palestino.aspx

Palestinos lançam campanha por reconhecimento na ONU (Folha de S. Paulo)

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/972056-palestinos-lancam-campanha-por-reconhecimento-na-onu.shtml

domingo, 4 de setembro de 2011

Fiel a ela mesma, a Folha faz o jogo do dedo duro

Por Dalva Teodorescu

Um dia depois de Fernando de Barros e Silva criticar a revista Veja de praticar “catecismo raivoso de direita", a Folha mostra o quanto demagogo é o comentário. Na verdade, a Folha é o jornal do Brasil que mais se iguala às práticas da Veja. O pior é que o faz travestido de esquerda.

A capa da Folha com foto de Cesare Battisti, com manchete a Dolce vida clandestina" é digna somente de Folha e Veja.

Com a manchete, a Folha assume o papel de “dedo duro” com fato sem fundamento jurídico.

Cesare Battisti está em situação legal perante a justiça brasileira. Para que então essa capa?

Aliás, a chamada de capa denota o pouco de respeito dos editores com a repórter que realizou matéria bastante correta, é de se reconhecer.

Na matéria interna Battiti diz ter se isolado para se reconstruir, como pessoa e como cidadão, e a chamada dizendo que " ex guerrilheiro esconde sua identidade" choca também porque contraria essa necessidade do escritor.

O que busca a Folha com isso? Que público procura atingir? A quem ela busca agradar?

Acompanhei a estadia de Battisti na França, durante o governo Mitterrand. O ex-presidente francês sempre defendeu que se a Itália não revisse o processo de Battiti, acusado sob regime de delação premiada ,ele não o entregaria.

Foi esse também o argumento usado pelo Brasil. A Itália sempre negou a rever o processo.

Jaques Chirac assumiu a presidência e atendeu ao pedido de extradição da Itália. Toda a esquerda francesa se manifestou em apoio a Battiti, principalmente setores da imprensa. Não adiantou. O italiano então fugiu da França com a ajuda de escritores, simpatizantes da esquerda francesa.

Enquanto viveu na França, por vontade do governo de Mitterrand, Battiti não era visto como criminoso,  mas como cidadão, como todo francês. Publicava seus livros e o apresentava na imprensa. Não era vigiado nem delatado, como está fazendo a Folha.

Em muitas situações, países ocidentais, por puro racismo, aplicam a dupla pena aos imigrantes condenanados pela justiça. Depois de cumprir pena em prisão são expulsos pelo governo.

No Brasil, Battiti cumpre a dupla pena: a da justiça, perante a qual está em situação legal, e a da imprensa que continua a condená-lo e a caçá-lo, como um animal acurralado.

A Itália ainda pede a extradição de outra ex-terrorista vivendo na França, que recusa de lhe entregar. Curiosamente a Itália não fez o mesmo escândalo. Talvez porque não tenha tido o apoio da mídia local, como aqui.

Do mesmo modo, a Itália se recusa a extraditar um general Paraguaio e ninguém a contesta.

Depois quando se fala em REGULAMENTAÇÂO da mídia, a Folha grita CONTROLE e CENSURA.

Em todos os países democráticos e civilizados existe regulamentação da mídia. Que o Brasil também atinja sua maturidade democrática.







As moscas na Folha ou: a ilustração que constrange

Por Dalva Teodorescu

A Folha não consegue fazer nada com elegância, ou com classe, como se diz. Lembra aqueles que para mostrar posses, exageram na maquiagem, nos apetrechos, na opulência.

Seus títulos têm sempre uma palavra a mais do que o evidente

Existe um ditado francês que diz: "La culture est comme la confiture, moins on en a plus o l’étale". Ou seja, a cultura é como a geleia, menos se tem mais se estende.

No caso presente me refiro á ilustração das moscas, de Andrés Sandoval, ao artigo do ex-ministro José Dirceu, publicado pelo jornal. É a ilustração que ultrapassa o bom senso. Denota a pobreza de espírito do conselho editorial do jornal.

Quem seriam as moscas? Os editores da Folha? Seus articulistas?

A Folha não conseguiu a elegância do Jornal de Heródoto Barbeiro, que entrevistou Dirceu em seu Jornal na Record News. Com perguntas incisivas, mas com respeito e profissionalismo, realizou “momento histórico da TV brasileira”, nas palavras do grande jornalista e homem de comunicação, Nirlando Beirão.

Segundo Beirão, matérias como a da Veja acabam fazendo de Dirceu um herói, prevendo de antemão que, depois da matéria, o ex-ministro seria ovacionado no congresso do PT.

Heródoto foi pioneiro em quebrar o banimento imposto a José Dirceu, pela TV. Hoje será a vez de Kennedy Alencar o entrevistar em seu programa da Rede TV.

A Folha não ia perder ponto se não colocasse a ilustração, ao contrário, sairia engrandecida com o justo espaço dado para resposta de José Dirceu.

Mas seu compromisso com forças do além (vai saber quais) a impedem de gesto de grandeza e de honestidade jornalística.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Potencias Ocidentais brigam pelo Petróleo do Kadafi .


Por Dalva Teodorescu

Nem bem terminada a matança na Líbia, as potências ocidentais se reúnem para dividir a carniça: ou seja, o petróleo e a reconstrução do país.

A França quer abocanhar um bom pedaço, afinal a Total francesa só tem 5 poços de petróleo no país. A Inglaterra e EUA não vão ficar por menos. Quanto à Itália, já deixou claro que era dominante no mercado da Líbia e que não quer perder nada, nada. Ao contrário.

A OTAN disse que vai ficar o tempo que precisar. Tudo em nome da proteção dos civis.

Na verdade é o tempo necessário para as potências se estabelecerem e se apropriarem do Petróleo Líbio.

Já vimos esse filme no Iraque. O Brasil tem razão em esperar a decisão da ONU antes de apoiar o que chamam romanticamente de Rebeldes.



As primarias na França contrasta com posição dos partidos brasileiros

Por Dalva Teodorescu

Enquanto, o PT faz tudo para evitar as primarias para escolha do candidato à prefeitura e São Paulo, na França, as primárias do Partido Socialista, para a eleição presidencial de 2012, está pegando fogo. Ganha a democracia.

Desde que Dominique Strauss Khan saiu da corrida para eleição presidencial, François Hollande aparece como favorito.

Segundo o baromêtro mensal OpinionWay-Fiducial para o Le Figaro e o Canal de Informação LCI, publicado em 1° de setembro, o socialista registra 14 pontos na frente de Martine Aubry, atual Primeira Secretaria do PS.

Hollande aparece com 44 % das intenções de voto de simpatizantes de esquerda no primeiro turno da primária e 48 % de simpatizantes do PS. Quanto aos eleitores potenciais 42% dizem estar certo de votar nele.

Martine Aubry obtém 30% das intenções de voto de simpatizantes de esquerda e 31% dos simpatizantes socialistas. Dos eleitores potencias 29 % estão certos de votar nela.

Ségolène Royal, ex-mulher de François Hollande e mãe de seus filhos, e que concorreu com Nicolas Sarkosy nas últimas eleições, registra 13 % entre os simpatizantes de esquerda e 14 % entre os simpatizantes do PS. Entre os eleitores potencias ela registra 21 %.

Três outros candidatos concorrem nas primárias, Arnaud Montebourg e Manuel Valls e Jean Michel Baylet. Este último é o único candidato que não é do PS, mas que concorre na primária socialista. Bayle pertence ao PRG (partido radical de esquerda), mas que de radical só tem o nome. Atualmente está na coalizão de Sarkosy.

Dos três, somente Arnaud Montebourg ultrapassa os 5%. Com 7% de eleitores potenciais.

No segundo turno das primárias, François Hollande aparece com vantagem confortável e domina largamente Martine Aubry com 57% de intenção de votos entre os simpatizantes de esquerda contra 43% para Aubry, e 57% entre os simpatizantes do PS contra 43% para Aubry.

Quando se trata de eleitores potencias, a diferença entre os dois diminui. Hollande aparece com 53 % contre 47 % de Aubry. Entretanto, dizem os pesquisadores, a amostragem dos eleitores potencias é baixa, 222 votos, o que acentua os resultados.

Hollande foi Primeiro Secretário do PS. Honesto, discreto e franco, seria um bom presidente para França. Certamente causaria contraste com o jeito Sarkosy de governar.

Por falar nele, Sarkosy aparece nas sondagens bem atrás dos dois primeiros candidatos do PS.

Primárias são realizadas em países com democracia consolidada. O PT sempre defendeu esse modo de escolha de seus candidatos. Por que teria que ser diferente agora? Ganhar eleição é necessário, mas não a qualquer preço.









Mercado financeiro e oposição condenam queda na taxa de juros


Por Dalva Teodorescu

O Banco Central diminuiu a taxa de juros em 0, 5%. Insignificante, para o setor produtivo, mas uma afronta para o mercado financeiro e a oposição.

Setores da imprensa e os partidos de oposição sempre criticaram a taxa de juros no Brasil, uma das mais altas do mundo.

Agora que o Banco Central decidiu diminuir os juros para enfrentar a crise internacional, a imprensa saiu anunciando o fim da autonomia do Banco Central.

O Estadão sempre defendeu a política de juros do BC, então não mudou de opinião quando em editorial viu ingerência política no BC.

Pior mesmo foi a atitude de Vinicius Torres Freire que ontem comemorou no jornal da Gazeta a decisão do BC, mas diante da choradeira do mercado financeiro mudou de ideia e hoje escreveu na Folha de São Paulo que, certa ou errada a decisão é esquisita.

Justiça seja feita à Folha de São Paulo que em editorial aprovou a decisão do BC e disse ser precipitado ver ingerência do Planalto.

No congresso os petistas comemoraram e a oposição criticou.

Chega a ser patético ver o tucano Álvaro Dias que sempre criticou os juros altos dizer que, nesse caso, ele preferia que os juros continuassem como estava.

O tipo de oposição boba, sem fundamento e na contra mão da opinião pública. Mas reconhecemos que é difícil fazer oposição quando a equipe econômica acerta.

O BC agiu bem, na opinião do presidente das indústrias e de inúmeros economistas.

Em 2008, o BC demorou a reagir e quando abaixou os juros muitos disseram que era tarde, porque a crise já tinha se instalado. Agora acharam cedo demais.

Durma com um barulho desses.



Náuseas no congresso


Por Dalva Teodorescu

A absolvição da deputada Jaqueline Roriz pelos seus pares foi mais que um golpe duro, foi nojento.

Sim, o nosso congresso dá nojo.

Dizer que o Congresso Nacional é uma vergonha nacional, é chover no molhado.

Há muito a opinião pública manifesta seu menosprezo pelos congressistas, que só legislam em causa própria. Mas dessa vez exageraram.

No entanto, não nos desesperemos, 166 deputados votaram a favor da cassação.

Um consolo. Mas quem são eles? Porque não se manifestaram publicamente?

Agora, Marco Maia, presidente da câmara disse que vai fazer uma campanha publicitária contra a corrupção.

É de chorar, até porque, a campanha deveria começar punindo a deputada com cassação de seu mandato. Era o mínimo.

Depois do vexame, vai fazer campanha com o dinheiro público.

É muito desprezo pela opinião pública.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Revista Veja se iguala ao News of the World em matéria sobre José Dirceu

Por Dalva Teodorescu


Os métodos utilizados pela revista Veja, em matéria sobre José Dirceu, não diferem daqueles usados pelo recém-extinto Jornal inglês, News of the World.

O cerne da matéria é a intriga armada pela revista de que José Dirceu estaria tramando contra Dilma.

O repórter invadiu a privacidade do hotel para obter imagens das personalidades políticas recebidas por Dirceu, em seu quarto de hotel, onde reside durante estadia em Brasília.

Não hesitou ainda em tentar, junto à camareira, obter a chave do quarto, tentando se passar por José Dirceu, segundo relatos da imprensa.

O ex-ministro fez boletim de ocorrência por tentativa de invasão de privacidade e o hotel quer saber como o repórter obteve as fotos.

A revista exagerou. No momento em que a credibilidade da imprensa anda bastante abalada, por conta dos escândalos envolvendo o News of the World, a matéria pegou mal e foi pouco comentada pelos pares.

O Jornal da Manhã, na radio Jovem Pan, e o Jornal de Heródoto Barbeiro, na Record News, deram destaque para o fato de Dirceu ter feito boletim de ocorrência e do repórter ter tentando entrar no quarto do ex-ministro da casa civil.

Comentaram ainda que José Dirceu não teria nada a ganhar com o enfraquecimento de Dilma.

Ou seja, tentaram se demarcar da revista e seus métodos, mas não fizeram nenhuma crítica contundente á revista. Como se fosse pecado criticar a Veja.

Muito diferente foi a atitude da revista francesa Mariana que, em 2006, classificou a Veja entre os dez órgãos de imprensa mais mentirosos do mundo. Segundo Mariana, naquele ano, a revista publicou oito matérias de capa sem apresentar provas dos fatos relatados.

Ainda naquele ano, o jornal O Estado de São Paulo publicou editorial onde chamava atenção da Veja sobre o fato de reincidir em denúncias sem provas. Além da questão ética, dizia o editorial, a atitude da revista comprometia a credibilidade da imprensa. No caso, tratava-se de reportagem dizendo que o então presidente Lula teria conta bancária em paraíso fiscal, o que foi logo comprovadamente desmentido.

É politicamente correto demonizar José Dirceu. Vale tudo. Não se trata aqui de defendê-lo, mas de lembrar que é o único homem público no Brasil que foi condenado, teve seus direitos cassados, e foi jogado aos cachorros, sem ser julgado.

Esperemos as verdades dos fatos pelo ministros do STF.

A seu favor José Dirceu pode dizer que não enriqueceu no governo. Outro fato que conta é que suas ex-mulheres e sua atual companheira sempre o defenderam.

Quando se trata do demônio, o mais comum são as ex-mulheres denunciarem os ex-maridos.

Quanto à Veja, é notório que perdeu muitos de seus assinantes. Mas surpreende que a revista seja mais um catálogo publicitário do que uma revista de notícias.

Saber-se que, hoje, andar com um exemplar de Veja nas mãos é estigmatizante porque revela falta de críticidade.



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CENESEX e a evolução da política sobre diversidade sexual em Cuba

Dalva Teodorescu

Atualmente em Cuba, o Centro Nacional de Educação Sexual, CENESEX, conduz uma política nacional de defesa da Diversidade sexual e de proteção dos direitos de grupos minoritários como lésbica, transexual e homossexual.

Além de uma intensa campanha, através de manifestações públicas, o governo cubano garante, por exemplo, a assistência médica integral para aqueles que optam pela redesignação sexual (operação para mudança de sexo).

O Conselho Nacional de Sexualidade de Cuba é presidido pela filha de Raul Castro, Mariela Castro.

De fato, houve uma considerável evolução de políticas cubanas, que até a década de oitenta reprimia duramente os homossexuais.

Hoje, os homossexuais promovem manifestações públicas, reivindicando seus direitos em passeatas como a Gay Pride. No dia 5 de junho desse ano, o CENESEX promoveu um show de gays e transformistas no teatro Karl Marx, em Havana.

É interessante observar como as mudanças em Cuba podem ser radicais.

Outro exemplo que pode ser mencionado se refere às políticas de Cuba no combate à epidemia de AIDS que, por mais de uma década (1983-1994), promoveu o isolamento compulsório dos portadores do HIV.

Essa política foi revisada, em 1994, e o Programa Nacional de AIDS de Cuba caminhou para outro extremo, transformando seu Programa em um modelo na prevenção, no tratamento e no apoio social às pessoas afetadas.

Para mais informação sobre essas políticas do governo cubano visite o site CENESEX.com.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dilma Rousseff é a terceira mulher mais poderosa do mundo, segundo a Forbes

Por Dalva Teodorescu


A presidenta Dilma Rousseff é a terceira mulher mais poderosa do mundo, no ranking da revista Forbes, divulgado nesta quarta-feira.

A primeira da lista é a chanceler alemã, Angela Merkel. Em segundo está a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.

Dilma se distingue como a primeira mulher a liderar a maior potência econômica da América Latina

Na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo, segundo a Forbes estão oito chefes de Estado e 29 presidentas-executivas. Elas têm em média 54 anos e juntas controlam 30 trilhões de dólares. Vinte e duas delas são solteiras.

“Taxez-nous” dizem os ricos querem pagar mais impostos

Por Dalva Teodorescu

Depois do bilionário americano, Warren Buffett, surpreender o mundo, com um artigo onde afirma que paga menos imposto do que seus funcionários, o que acha inconcebível, agora é a vez dos bilionários franceses lançarem um apelo pedindo para pagar mais impostos.

Eles são 18 a assinar um documento onde afirmam querer contribuir para a redução do déficit público francês. No documento afirmam que “no momento que o governo pede a todos um esforços de solidariedade, nos parece necessário de contribuir”. “Eles pedem a instauração de uma contribuição excepcional que atingiria os franceses mais favorecidos”.

O texto foi publicado na revista semanal francesa, Le Nouvel Observateur.

Parece irônico que o pedido de tributar as grandes fortunas tenha partido dos bilionários.

Sim, porque os políticos de direita em geral, seja no Brasil, Estados Unidos e Europa, recusam aumentar o imposto sobre as grandes fortunas.

Nos EUA recentemente o Congresso quase abalou a credibilidade do país porque os republicanos recusaram o pedido de Obama para que os mais ricos pagassem mais impostos, diante da crise econômica.

Bresser Pareira, quando foi ministro da fazenda no governo José Sarney, aventou com a ideia de tributar as grandes fortunas e grandes heranças, como se faz em todo país civilizado. Não segurou e caiu em 9 meses.

Bresser voltou a ser ministro durante todo o governo de FHC, mas nunca mais tocou no assunto. Era e ainda é um assunto tabu no Brasil.

Quando Lula assumiu a presidência, uma de suas primeiras medidas foi encaminhar um projeto de lei ao Congresso visando tributar as grandes fortunas. Foi um Deus nos acuda.

Jornalistas e parlamentares todos criticavam a medida e o projeto não passou. Foi uma das primeiras derrotas do governo trabalhista, então recém eleito. Nem um deputado saiu em defesa da proposta. Nem os do PT.

Nunca mais se falou no assunto, embora sempre surjam denúncias de que os pobres pagam mais impostos do que os mais ricos, no Brasil.

Agora que os ricos americanos e europeus decidiram, eles próprios, que querem pagar mais porque consideram que pagam muito pouco diante de suas fortunas, nossos milionários vão seguir o seu exemplo?

E será que nossos nobres parlamentares vão agora aceitar que se tribute grandes fortunas no Brasil?

Afinal, não foi dito que o que é bom para os EUA (e para os países ricos da Europa) é bom para o Brasil? Está aí um exemplo a seguir.

Segue a lista dos assinantes do manifesto francês :

Jean-Paul Agon, PDG de L'Oréal, Antoine Frérot, DG de Veolia Environnement, Denis Hennequin, PDG de Accor, Marc Ladreit de Lacharrière, presidente de Fimalac, Maurice Lévy, PDG de Publicis, Christophe de Margerie, PDG de Total, Frédéric Oudéa, PDG da Société Générale, Jean Peyrelevade, presidente de Leonardo France, Franck Riboud, PDG de Danone, Stéphane Richard, PDG d'Orange, Louis Schweitzer, presidente de Volvo e de AstraZeneca, Marc Simoncini, presidente de Meetic, Jean-Cyril Spinetta, presidente do Conselho de Administração de d'Air France-KLM e do Conselho de Vigilância de Areva e Philippe Varin, presidente do diretório de PSA Peugeot-Citroën. Claude Perdriel, presidente do Conselho  de Vigilância do Nouvel Observateur e Liliane Bettencourt de L'Oréal.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

As acusações contra Strauss-Khan são oficialmente abandonadas

Por Dalva Teodorescu

O juiz Michel Obus de NY aceitou o pedido do procurador Cyrus Vance de arquivamento das acusações de estupro, feita pela camareira Nafissatou Diallo, contra o ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn.

A maioria do povo francês sempre acreditou na versão de Strauss-Kahn de que houve relação sexual, mas que foi um ato consentido.

No documento encaminhado ao juiz, divulgado pelo jornal Le Monde, o procurador afirma que a camareira “forneceu três versões inconciliáveis sobre o fato”.

Nafissatou Diallo atribuiu suas incoerências à erros de tradução do seu depoimento da língua fulani (falada na guiné) ao inglês ou de incompreensão do procurador.

Mas este argumentou que “a camareira mostrou inúmeras vezes sua capacidade de falar e de compreender o inglês” e acrescentou “que a credibilidade da acusadora não resiste a mais básica das avaliações”.

Além dessas divergências no depoimento, o procurador ressalta a tendência “persistente” de Nafissatou Diallo de fazer falsas declarações, como um estupro coletivo do qual foi vítima na Guiné, seu país de origem, que depois ela reconheceu ter “inventado completamente”.

 “Num tal processo, diz o procurador, o fato da acusadora já ter feito um falso testemunho a propósito de uma agressão sexual é muito significativo”.

O procurador ressalta ainda que “a capacidade de Nafissatou Diallo contar esta ficção (o estupro coletivo) com total convicção convenceu investigadores experimentados”.

Por outro lado, o procurador ressalta que "as mentiras da acusadora portam igualmente sobre elementos que não são diretamente ligados ao fato, como suas condições de acesso à moradia ou a origem do dinheiro depositado em sua conta bancária”. “Não podemos fazer confiança nela" insiste o procurador.

Quanto às provas materiais da agressão, o procurador nota que elas têm um “valor limitado no que concerne os pontos chaves que são o uso da força e o não consentimento. As provas demonstram que o acusado teve uma relação sexual rápida com a acusadora, no dia 14 de maio de 2011. Mas isso não demonstra se a relação foi forçada ou consentida, e se pode corroborar o relato da acusadora”.

Este documento convenceu o juiz Michel Obus que decidiu arquivar o processo.

O advogado de defesa de Nafissatou Diallo vai continuar o processo na área civil, que prevê indenização por danos. 

Com o arquivamneto do processo penal Strauss Khan está livre, e deve voltar à França dentro de 24 horas, diz o jornal Le Monde.

Desde ontem, membros do Partido Socialista anunciavam que Strauss-Khan dará grande contribuição aos rumos da economia francesa, nesse momento de crise.

Esperemos o desenrolar dos fatos.

O sorriso (de revanche ) de Alckmin

Por Dalva Teodorescu

Por ocasião do lançamento do Brasil Sem Miséria no Sudeste, o governador Geraldo Alckmin era só sorriso. Mal conseguia disfarçar a felicidade de estar promovendo o encontro “recheado de simbolismo”, como foi classificado pela imprensa.

O evento conduzido pela presidenta Dilma Rousseff, contou a presença do ex-presidente FHC, além dos governadores dos estados do sudeste. 

Alckmin fez questão de retribuir o gesto de gentileza e elegância que Dilma havia dispensado à FHC, por seus oitenta anos. Disse que o período de disputa esta ultrapassado, graças ao patriotismo, generosidade e espírito conciliador da presidenta. Não é pouco.

No dia seguinte, o governador viajou em companhia de Dilma no avião presidencial, para inaugurar obras do programa Minha Casa Minha Vida, no interior de SP.

Alckmin continuava sorrindo. E com razão.

Uma pequena revanche. Alckmin foi humilhado pelos tucanos, aliados de Serra, que apoiaram Kassab na eleição para prefeito, de 2008, e foi chamado de caipira e provinciano, pela imprensa Serrista.

Hoje, Kassab é considerado traidor, porque esvaziou o PSDB paulista e Serra está fora do poder.

Já o governador de São Paulo surge como o político conciliador, que está  impulsionando as políticas sociais no estado, através da parceria com o governo federal.

Toda tentativa de distenção entre o PSDB e o PT é benvinda e benéfica para o país. Isto é um fato.

Mas tem tucano morrendo de inveja desse movimento, não é mesmo José Serra?

Zapparam os governadores do RJ e ES do Programa Brasil sem Miséria no Sudeste


Por Dalva Teodorescu

No lançamento do Programa Brasil sem Miséria no Sudeste, a imprensa fez um zapping bonito nos governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Os dois desapareceram das fotos e dos discursos sobre o Programa em seus estados. Ninguém soube se reclamaram ou não. Se sim, suas queixas não tiveram eco na mídia.

Um descalabro da informação seletiva de nossa imprensa.

O grande destaque foi para os tucanos Geraldo Alckmin, o anfitrião paulista, e Antonio Anastasia, de Minas Gerais.

Além, é claro, da grande manchete para o ex-presidente FHC ao lado da presidenta Dilma Rousseff.

O abraço dos dois ganhou foto Retrato no caderno Aliás, do Estadão de domingo.

Antes que as fofocas ecoassem de mentes férteis, a colunista Dora Kramer se antecipou dizendo que não existe nada entre os dois, a não ser cálculo político.

Ainda bem que ela avisou. Já pensou se anunciassem o noivado.

PT cadê você?

Dalva Teodorescu

Dilma Rousseff vem recebendo apoio público de líderes do congresso, como o grupo de senadores liderados por Pedro Simon, mas também do ex presidente Fernando Henrique Cardoso e da ex senadora Marina Silva, pelas demissões nos ministérios.

Até agora o PT, partido do governo, não deu apoio explicito á presidente. Apenas algumas vozes esparsas, nas entrelinhas da imprensa, aparecem apoiando Dilma.

A má vontade da imprensa em publicar fatos que possam ser positivos para o partido do governo é grande. Sabendo disso, o PT já deveria ter soltado uma nota de apoio à presidenta.

É o mínimo que se espera do Partido dos Trabalhadores.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DIA DA FOTOGRAFIA

Por Fernando Cardoso

No dia 19 de Agosto comemora-se o dia da Fotografia. Para celebrar os instantes que se perpetuam e hoje se espalham pelas teias de silício difundida pela rede mundial, me inspiro livremente no poema  "Fotografia de Mallarmé" do mestre Ferreira Gullar.


Fotografia é o resultado de uma ação planejada, antecipadamente como o processo de elaboração e ordenação como, se de um crime, por meio de sua estruturação e preparação; é preciso prestar atenção nos detalhes, nas pequenas sutilezas que precedentemente são preparadas com total preocupação com a imagem que deve estar equilibrada, numa perfeita simetria, como um trapézio embasado pela Teoria de Pitágoras.

Assim como antes de escrever, a caneta ponderada no papel em branco para oficializar perpetuamente o ato concretizado. E após o segundo fracionado que o clique converge no instante milimetrado, e a cena composta devasta-se com a objetividade; e a vida volta a trilhar o seu caminho, seu cotidiano flui morosamente com a sua habitualidade, com suas imperfeições e falhas. Mas isso não é captado, pois a imagem “feita perfeita” é que ficará para a posteridade, acima do verdadeiro momento decorrido; como se o real transmutasse em além – o imaginado -, o que era utopia concretiza-se.

Mas o tempo transpõe seus místicos umbrais, e no presente, o que resta do passado, das memórias, são apenas manchas, lembranças ofuscadas, reminiscências diluídas, que se perdem na vasta memória sem profundidade.

Mas o olhar fica, pois encontra o outro olhar – os olhos de quem vê – acima de toda a perenidade da existência, a morte é a certeza de todos nós.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Grupo de Senadores apoiam ação de Dilma


Por Dalva Teodorescu

Um grupo de Senadores liderados por Pedro Simão criou um movimento de apoio à presidente, para que continue a faxina no governo.

A ideia é inibir ações dos parlamentares que tentam bloquear votações e paralisar o governo.

Entre 81 senadores nove aderiram á causa. É pouco. Muito pouco. Entre eles está o Senador Cristovam Buarque e o senador Suplicy, mas também Jarbas Vasconcelos. Um crítico de todos os instantes do governo petista.

A oposição não aderiu ao grupo. Quer fazer CPI. Só que ninguém mais acredita em CPI, como não se acredita em Comissão de Ética.

A oposição vai ter de explicar porque é contra as ações de corrupção. Ou não, afinal quem está ainda preocupado com a oposição?

Preocupa muito mais é o silêncio da base aliada, inclusive do PT. Há muito deveriam ter feito manifesto como o de Pedro Simon, que, aliás, sempre foi um crítico do governo.

Nada mais se encaixa na lógica do Congresso. Está tudo virado pelo avesso.

Mas nem toda desordem é negativa, No caso do Congresso, pode indicar um início de mudança.

Não custa nada sonhar.





A imprensa (finalmente) apoia Dilma Rousseff na faxina dos ministérios

Por Dalva Teodorescu

Foi só a pesquisa CNT /Sensus mostrar que 80% da população aprova a faxina que a presidenta Dilma vem fazendo nos ministérios, que toda a imprensa passou também a apoiá-la.

Sim, porque alguns órgãos de imprensa, de início, resistiram em apoiar a Presidente, principalmente a Folha de São Paulo que sempre optou pela crítica fácil. Dava todo o espaço do mundo para as lamúrias dos parlamentares atingidos.

O apoio de toda a imprensa à ação da presidente foi o principal comentário de Ricardo Kotscho no jornal de Heródoto Ribeiro. Heródoto que sempre se mostrou cético reconheceu que não dá para não apoiar Dilma.

Ficava mal continuar criticando a presidenta quando o povo a aplaudia.

Estão até condescendente com a dificuldade da presidente demitir o ministro da Agricultura Wagner Rossi.

O cara só iguala em cinismo com o vice presidente Michel Temer, que o sustenta.

Acusado de falcatrua durante sua vida de homem público, aceita que a presidenta demita todos os seus indicados.

Qualquer um, com o mínimo de dignidade, teria deixado o cargo. Não Rossi e Temer.

Deve lhes render muito.

PV retorna à base de apoio do governo já o PR diz que sai mais fica

Por Dalva Teodorescu


O Partido Verde está disposto a integrar a base aliada do governo. O partido tinha deixado a coligação governista com a entrada de Marina Silva.

Agora diz que a crise externa é muito grande e que o governo precisa de apoio para enfrentá-la.

Quanta civilidade! Na verdade em tempo de crise é melhor ficar na base. Veja no que se tornou DEM, PPS e PSDB. Nada. Zero oposição.

Já o PR anunciou com pompas que se tornou independente do governo. Mas não saiu da base.

Quer dizer, antes era dependente. Só não disse do que. Da boquinha com certeza.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A SENTENÇA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS NO CASO DA GUERRILHA DO ARAGUAIA


Enviado por Heládio




SÁBADO RESISTENTE - 20 de agosto, das 14h às 17h30


A SENTENÇA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS NO CASO DA GUERRILHA DO ARAGUAIA

Memorial da Resistência de São Paulo - Largo General Osório, 66 – Luz

Auditório Vitae – 5º andar

A Guerrilha do Araguaia, movimento implantado na região AmazÃ?nica, ao longo do Rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade de 1970, foi deflagrada pelos militantes do Partido Comunista do Brasil (PC do B) com a participação de camponeses da região. Depois de três campanhas sucessivas de ataque às forças guerrilheiras, o Exército conseguiu sufocar o movimento, massacrando praticamente todos os guerrilheiros e integrantes da população que viviam na área. Dezenas de pessoas foram executadas friamente e seus corpos, até hoje, não foram encontrados.

Em 24 de Novembro de 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos manifestou-se no caso Gomes Lund e em outros casos que ficaram conhecidos como "Guerrilha do Araguaia". Este caso teve origem na petição apresentada em 7 de agosto de 1995, pelo Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e pela Human Rights Watch/Americas, em nome de pessoas desaparecidas durante os anos 1972, ocasião em que a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro atuaram como p eticionários adicionais.

A Sentença condena o Estado Brasileiro a uma série de ações com caráter imediato, visando à localização dos corpos ainda desaparecidos, à abertura de arquivos, assim como reparações às famílias das vítimas. Também exige do Estado tanto medidas judiciais efetivas para a responsabilização individual pelos crimes cometidos, como outras de caráter mais geral objetivando o resgate da Verdade Histórica sobre os fatos ocorridos.

Para debater sobre o alcance desta sentença e mobilizar os participantes do Sábado Resistente para ações mais efetivas de pressão para que se cumpra efetivamente esta Sentença, o Sábado Resistente deste mês debaterá o alcance da Sentença com especialistas desse tema.

O encontro deste mês reunirá especialistas sobre esse tema para debater o alcance da Sentença e mobilizar os participantes do Sábado Resistente para ações mais efetivas de pressão para que se cumpra efetivamente a Sentença da Corte Interamericana De Direitos Humanos.

No encerramento, será feita uma homenagem especial à Helenira Resende de Souza Nazareth - combativa guerrilheira do destacamento das Forças Guerrilheiras do Araguaia, caída em combate em 29 de setembro de 1972.





PROGRAMAÇÃO

14h00: Boas vindas – Katia Felipini (coordenadora do Memorial da Resistência)

Apresentação e Coordenação – Ivan Seixas (diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política)

14h30: Debate

Dr. Marlon Weichert - Procurador Regional da República, doutor em Direito do Estado e mestre em Direito Constitucional pela PUC-SP.

Criméia Alice Scmidt de Almeida - Participante da Guerrilha do Araguaia, é uma das poucas pessoas que sobreviveram à chacina. Foi membro do PC do B até o ano de 1980. Hoje é presidente da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Laura Petit - Integrante da Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos e irmã dos guerrilheiros Jaime, Lucio e Maria Lúcia,os três assassinados no Araguaia

17h00: Homenagem aos caídos na Guerrilha do Araguaia simbolizados na pessoa de Helenalda Rezende, irmã de Helenira Rezende

Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A desordem e a violência na Inglaterra



Por Dalva teodorescu



Os últimos dias temos assistidos cenas de extrema violência vindas da Inglaterra.

As cenas de saques, pilhagens e incêndios em lojas e prédios populares da periferia de Londres e outras cidades foram substituídas por outras igualmente violentas, praticada pela polícia.

David Cameron o primeiro ministro da Inglaterra pegou pesado no combate as cenas de vandalismo.

A TV francesa mostrava ontem a polícia entrando nas casas, arrastando as pessoas e as colocando no camburão. Mais de mil pessoas já foram presas. A maior parte é de jovens, filhos de imigrantes, sem emprego e vivendo a discriminação cotidiana.

Aqueles que residem em moradias de programas sócias serão desalojados e os que recebem ajuda social do governo perderão o benefício. Pobres famílias que muitas vezes não tem como controlar os filhos e vão sofrer as consequências.

Sociólogos, intelectuais assistentes sociais procuram intervir em favor das famílias, mas David Cameron não aceitou a intermediação.

O primeiro ministro pensa em ir mais longe e proibir a comunicação por SMS, quando se perceber que está a serviço do vandalismo.

O estopim da crise foi a morte pela polícia de um rapaz sem história de marginalidade.

Um sociólogo francês, no Jornal Le monde, viu nos atos de violência desproporcional dos jovens da periferia um rompimento com o líder da comunidade. Como acontece às vezes nas nossas favelas.

Mas entre os detidos havia também outro tipo de manifestantes, como a filha de um empresário branco e bem sucedido, juma professor do primário e um membro Polícia Metropolitana de Londres, também conhecida como Scotland Yard.

Os manifestantes pilhavam lojas bem precisas. Apropriavam-se de objetos de consumo altamente valorizado pelo desenfreado do capitalismo moderno. Objetos eletrônicos em geram, como celulares, tênis modernos etc. Supermercados foram poupados.

Todas as análises mostram que estamos diante de uma nova forma de violência urbana, que vis antes de tudo obter bens de consumo.

Ontem Clovis Rossi em artigo na Folha de São Paulo lembrava que não é diferente do já ocorre no Brasil e comparou com o caso do grupo de meninas de 5 a 12 anos, que na ultimas semanas em Vila Mariana. Bairro de classe média de São Paulo.

Ontem suas mães foram presas, porque elas eram menores de idade.

Pobres mães que saem para trabalhar e deixam seus filhos soltos num mundo sem fé nem lei.