quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Peguém leve com Marta Suplicy

Por Dalva Teodorescu


Prévias par decidir candidatos de partidos são saudáveis e necessárias, mas a turma pega pesado dentro do próprio partido.

Agora, os apoiadores de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo estão ameaçando, com retaliações futuras, os que votarem na Marta Suplicy .

Marta tem direito e legitimidade para a disputa. Já provou ser excelente gestora da cidade.

Os que alegam que São Paulo carece de pessoas novas na política também estão no seu direito.

É bom começarem a respeitar a democracia interna ao partido e deixar os militantes escolherem livremente seu candidato.

O ministro conta com o apoio do Lula, mas não é motivo para ir tão longe.

Um debate entre os pré-candidatos seria bem vindo.

A Esquerda e direita no Brasil 3

Por Dalva Teodorescu

No Brasil, quando se apoia um governo trabalhista ou políticas de cunho socialista logo se é taxado de Lulista ou Petista.

Fico pasma, pois os termos podem mesmo ser pejorativos.

Portanto não é difícil reconhecer que no governo do Partido dos trabalhadores o valor do salário mínimo está aumentando de forma progressiva e programas sociais de envergadura foram criados, o que resultou em uma redução significativa da extrema pobreza.

E, mais importante, acabou com a dívida do Brasil ao FMI, o que garantiu independência à política econômica brasileira.

Poderia ter feito mais, como a reforma agrária e uma reforma tributária justa, que permita maior divisão da renda, sem falar na diminuição da carga horária do trabalhador. Esta muito defasada em relação aos países desenvolvidos.

Para isso, teria de contar com uma base partidária de esquerda. Como supostamente não existe ideologia de esquerda e de direita, a base partidária se faz por interesses de circunstâncias.

O PSOL se une ao DEM e ao PSDB contra o PT e o PT se une ao PMDB contra os primeiros. E o comunista Aldo Rebelo se uniu ao aos ruralistas para aprovar o seu código florestal.

Todos perdem. Primeiro os próprios partidos, em credibilidade, em seguida a população que veem os direitos dos trabalhadores avançarem à conta gotas, ao sabor de interesses de grupos dominantes, como os ruralistas, os grandes empresários e, principalmente, os grupos financeiros.

O PSOL ou: a esquerda e a direita no Brasil 2

Por Dalva Teodorescu

O PSOL é um partido que me intriga. Confesso que já votei em candidatos do PSOL, mas hoje questiono esse voto.

Causa-me estranheza o PSOL se dizer um partido de esquerda ao ponto de romper com o PT, por não concordar com as políticas de seu governo, fazer seguidamente alianças com a oposição de direita, ou seja, com o DEM, o PSDB e com o PPS, sem a menor cerimônia.

Alguém já viu o Partido Comunista Francês ou o Novo Partido Anticapitalista fazer alianças com o UMP, partido de Sarkozy, só para fazer oposição ao PS? Impossível de imaginar.

Do mesmo modo, alguém viu o Partido Comunista Italiano fazer aliança com a Liga do Norte ou com o Força Itália de Berlusconi? Nunca.

Podem ser inimigos nos pleitos eleitorais, nos programas políticos, podem classificar os socialistas de esquerda caviar, mas na hora de ganhar eleições se unem contra a direita. Isso é regra.

Pois o PSOL, nas eleições municipais de 2006 declarou voto ao Kassab, dizendo que era um voto anti PT. Não sei se o PSOL assume isso, mas é a pura verdade.

Não ocorreu aos líderes do partido que estavam votando não contra a Marta Suplicy, mas a favor de um prefeito do DEM, o partido que apoiou a Ditadura Militar, sem constrangimento, quando se chamava ARENA e que depois virou PFL antes de se autodenominar pomposamente Democratas.

É demais. Se o PSOL quer ser um partido de esquerda, mais à esquerda do que o PT, é um direito seu e é saudável, mas que seja coerente fazendo uma oposição de esquerda.

O PSOL pode, por exemplo, se unir ao PSTU ou outras siglas de esquerda que aparecem por ocasião das eleições.

Claro que não teria os mesmos holofotes de quando se alia ao DEM e o PSDB, mas seria mais credível e mais coerente com sua reivindicação de partido de esquerda.

A esquerda e a direita no Brasil 1

Por Dalva Teodorescu

No Brasil, costuma se dizer, não existe mais diferenças entre a política de esquerda e de direita. A noção estaria assim obsoleta. Essa é a opinião de muitos partidos políticos e também da maior parte da mídia.

Nada de mais falacioso. A ideia convém aos partidos desprovidos de ideologia, que veem na atividade política um balcão de negócios.

Existem sim políticas de esquerda e de direita. A democracia não invalida essas noções, ao contrário as reforça.

É só ver o exemplo da Social Democracia Europeia, onde os partidos e seus eleitores nunca deixaram de se classificar como de direita, de esquerda e de centro. É assim na Inglaterra, na França, na Espanha, na Alemanha, na Itália e no Portugal, para citar alguns.

Dificilmente um brasileiro se diz de esquerda. De direita então nem se fala. Ninguém é de direita e nenhum partido se autodenomina de direita, nem mesmo o DEM.

Em um governo de esquerda, ou trabalhista, a presença do Estado na economia é importante. Suas políticas devem beneficiar os mais carentes. A distribuição da renda se faz através da cobrança de impostos (Os ricos pagam mais), de um salário mínimo que cubra os gastos reais do trabalhador e de políticas sociais voltadas para os mais pobres. No caso de países como o Brasil, com grande extensão de terras e grande massa populacional na extrema pobreza, a reforma agrária é uma realidade inevitável.

Em um governo de direita, o Estado prioriza a economia liberal: ou seja, menos presença do Estado e mais mercado. As verbas para políticas sociais são as primeiras a serem cortadas. As parcerias com entidades da sociedade civil são praticamente desfeitas. Os impostos incidem sobre os mais pobres, porque o mercado, em geral, é subsidiado.

As consequências diretas é o aumento da pobreza, da exclusão social e da violência. É o que se vê, hoje, na Inglaterra e na França. Com os cortes de verba para as políticas sociais e para as ONGs que atuam com os jovens vulneráveis, a violência na periferia explode.

E quando o mercado coloca a economia em crise, chama-se o Estado para resolver, injetando somas monstruosas no mercado financeiro.

Está na hora de acabar com essa hipocrisia e assumir que existe sim diferença entre a esquerda e a direita e dar nomes aos bois.

Se não houvesse abolido a noção de esquerda e direita, os partidos seriam obrigados a escolher o seu campo por ideologia e não por conveniência, como acontece agora com o recém-nascido PSD, do Kassab.

Cria do DEM, o Partido Social Democrático agrupou políticos de vários partidos de direita e centro-direita e diz que não é nem de esquerda, nem de direita e nem de centro.

Kassab cresce com seu PSD e detona PSDB e DEM

Por Dalva Teodorescu

Quem diria que o Kassab, cria de José Serra com o apoio da mídia tucana, iria detonar o PSDB paulista.

E não foi só o tucanato paulista, o DEM também foi dizimado, com o nascimento do PSD.

O  Partido do Kassab, que já chegou grande na Câmara dos Deputados, vai desalojar o DEM da grande sala que ocupa, bem ao lado do plenário.

Um dos mais confortáveis entre os alojamentos do partido, a sala era uma herança dos tempos do PFL, onde mandava Antonio Carlos Magalhães.

Extrema direita universitária se alia a skinheads

Nara Alves e Ricardo Galhardo, iG São Paulo


26/09/2011 07:00


Jovens estudantes neo-conservadores fogem ao estereotipo de arruaceiros mas defendem ação violenta das gangues


Eles não são fortões, não lutam artes marciais, não usam tatuagens com suásticas e preferem os livros e computadores às facas e socos ingleses. Em vez de estações de metrô e shows de punk rock, seu habitat natural são as quitinetes apertadas do Crusp ou os vastos gramados da USP (Universidade de São Paulo). Eles são os neoconservadores, jovens universitários que defendem valores como o direito à propriedade e a fidelidade matrimonial.

À primeira vista, parecem mais universitários comuns, magricelas, com suas calças largas, camisetas amarrotadas e a barba por fazer. Mas apesar de estarem longe do estereotipo do jovem arruaceiro, cerraram fileiras ao lado de skinheads musculosos nas marchas em defesa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e na anti-Marcha da Maconha.

“Estamos aqui para batalhar tanto intelectualmente quanto fisicamente”, apregoa Celso Zanaro, 22 anos, estudante de Geografia da USP. “O que precisamos é de homens dispostos a morrer por seus valores”, completou.


Folheto faz propaganda da UCC na USP

Zanaro é um dos quatro integrantes do núcleo duro da União Conservadora Cristã (UCC), organização criada em julho do ano passado nos corredores da USP com os objetivos declarados de defender valores como o casamento, a fidelidade conjugal, direito à propriedade e combater o predomínio do pensamento marxista no meio acadêmico e político.

Pouco mais de um ano depois da criação, a UCC conta com 16 membros, 14 da USP e dois da Unicamp. Parece pouco mas nas eleições para o diretório central da USP, os neoconservadores ficaram em 5º lugar entre as dez chapas concorrentes.

“Na época da campanha fomos procurados pela juventude do PSDB mas não dá para fazer aliança aqui dentro”, disse Zanaro.

Em mais de duas horas de conversa, entre um cigarro e outro, o estudante citou pelo menos 15 autores conservadores, muitos deles nunca traduzidos para o português. Mas as principais referências do grupo são o jornalista Olavo de Carvalho (que defende a pena de morte para os comunistas), o integralismo (versão brasileira do nazismo) de Plínio Salgado e o ultra-conservadorismo de Plínio Correia de Oliveira, fundador da extinta TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade).

Sobre a ditadura militar, Zanaro diz: “Se negarmos com veemência a ditadura não estaremos fazendo nada a mais do que reforçar o discurso comunista. A ditadura foi necessária num contexto”.

Na verdade, ele lamenta a falta de pulso do comando atual das Forças Armadas por não intervir no governo Luiz Inácio Lula da Silva durante o escândalo do mensalão.

“A função das Forças Armadas é respaldar as instituições democráticas. O Legislativo é uma delas. A partir do momento em que existiu um esquema para comprar o Legislativo e as Forças Armadas não depuseram o presidente, elas não cumpriram seu papel”.

Para os jovens da UCC, a USP é um antro comunista, nenhum partido político é suficientemente conservador, a pedofilia na Igreja é fruto da infiltração de agentes da KGB, o sexo é uma forma de idiotização da juventude, Geraldo Alckmin colocou uma mordaça gay na sociedade paulista, Fernando Henrique Cardoso foi o criador de Lula e Lula é o próprio anticristo.

Embora tenha resistido à abordagem da juventude tucana, a UCC votou em massa em José Serra nas eleições presidenciais do ano passado, mas com ressalvas. “Serra é um sujeito que, embora tenha se aliado a setores conservadores e renegado uma postura mais virulenta de esquerda, não abandonou totalmente estes ideais”, justificou.

Os integrantes da UCC dizem ser contra qualquer tipo de violência mas não escondem a admiração pelos skinheads, aliados de ocasião. “Essa postura de combate me inspira muito. Uma inteligência que não está disposta ao combate é uma inteligência vazia”, disse Zanaro que, no entanto, faz questão de demarcar o território. “Eles se dizem de extrema-direita mas o líder deles é vegetariano”.

A aproximação tem base na argumentação ideológica dos neoconservadores, segundo a qual é necessária uma elite intelectual que sirva de referência para a massa. “Uma massa conservadora sem uma elite é uma massa de manobra. Não existe educação para as massas. Precisamos de uma alta cultura que sirva de referência para estas massas”, disse Zanaro.

Apesar da aproximação com grupos que, no limite, praticam a intolerância contra minorias, o líder da UCC esclarece que o movimento não tem ligações como nazismo. “Não somos neonazistas. Ao contrário. Defendemos o estado de Israel”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Deu na Folha On Line

27/09/2011 - 11h03


Ex-presidente Lula recebe hoje mais um título de doutor

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá nesta terça-feira (27) seu sétimo título doutor "honoris causa", da universidade francesa Sciences Po. A cerimônia de outorga ocorrerá na França.

Doutor "honoris causa" é o titulo atribuído à personalidade que se tenha destacado pelo saber ou pela atuação em prol das artes, das ciências, da filosofia, das letras ou do melhor entendimento entre os povos.

Lula será a 16ª personalidade --a primeira latino-americana-- que receberá essa láurea desde a fundação da Sciences Po, em 1871. O último a ser titulado pela instituição foi o ex-presidente tcheco Václav Havel, em 2009.

Luiz Carlos Murauskas - 15.jul.2011/Folhapress

O ex-presidente Lula receberá hoje seu sétimo título doutor honoris causa

Na ocasião, segundo a instituição, Jean-Claude Casanova, membro do Instituto da França e presidente da Fundação Nacional das Ciências Políticas, pronunciará o "elogio do impetrante" e outorgará o título ao brasileiro na presença dos professores da universidade.

"Mais do que um reconhecimento pessoal, é uma homenagem ao povo brasileiro, que nos últimos oito anos realizou, de modo pacífico e democrático, uma verdadeira revolução econômica e social", afirmou o ex-presidente.


Lula já foi laureado pela Universidade Federal de Viçosa (em janeiro), pela Universidade de Coimbra (março) e, em julho, pela Universidade de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal Rural de Pernambuco.

No último dia 20, ele recebeu em Salvador seu sexto título, outorgado pela Universidade Federal da Bahia.

SCIENCES PO

A Universidade Sciences Po é uma instituição de ensino superior e de pesquisa em ciências humanas e sociais. A universidade tem 10 mil estudantes, dos quais 40% são estrangeiros, oriundos de mais de 130 países.

Foram alunos da instituição os ex-presidentes franceses Jacques Chirac e François Mitterrand, além do príncipe Rainier 3º de Mônaco, do ex-secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) Boutros Boutros-Ghali e do escritor Marcel Proust.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Com maioria no Senado a esquerda avança na França

Por Dalva Teodorescu

O dia 25 de setembro de 2011 vai marcar a história da esquerda francesa. Por voto indireto, a esquerda obteve 177 vagas das 348 no senado, duas a mais para a maioria absoluta.

É a primeira vez desde 1958, quando foi instituída a Vª República por Charles de Gaulle.

Há sete meses das eleições presidenciais de 2012, a virada à esquerda da Câmara alta é um trauma para a direita e para Nicolas Sarkozy.

Depois de perder as eleições municipais e as regionais, a derrota no senado para o partido socialista relança o debate, no campo de Sarkosy, sobre qual estratégia adotar para 2012.

Surge também a questão se Sarkosy vai conseguir adotar sua ‘regra de ouro’ sobre o equilíbrio financeiro que queria inserir na Constituição Francesa.

Claro, o governo francês vai poder contar com o voto da Assembleia Nacional (câmara dos deputados), mas reconhece que é um mau sinal para 2012. Vários ministros de Sarkosy acusam a divisão da direita e pregam união para 2012.

Com Dominique Strauss Khan ou não, os socialistas sempre lideraram as pesquisas de opinião, as vitórias sucessivas parece confirmar este fato. Aguardemos 2012.

O Discurso de Dilma Rousseff na ONU

Por Dalva Teodorescu


Estávamos em férias, mas não podemos deixar de registrar a brilhante prestação da presidenta Dilma Rousseff na abertura da 66.ª Assembleia-Geral da ONU.

Cabe ao Brasil a abertura anual da Assembleia Geral da ONU desde que o diplomata brasileiro, Oswaldo Aranha, inaugurou a primeira Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU, em 1947. Chefe da Missão Brasileira junto à ONU, Oswaldo Aranha foi eleito Presidente da ONU em 1947 e reeleito em 1948. Presidiu a sessão de16 de setembro de 1947 em foi aprovada a partilha da Palestina que resultou na criação do Estado de Israel em 1948.


A tradição de ser um brasileiro o primeiro orador da Assembleia Geral da ONU se mantém até hoje o que permitiu à presidente Dilma Rousseff abrir a sua 66.ª Sessão.


Dilma fez história por ter sido a primeira mulher a abrir a Asssembleia Geral da ONU mas também por seu discurso firme ao reafirmar o apoio brasileiro à criação de um estado Palestina e ao seu reconhecimento como estado membro das Nações Unidas.

Também deu grande espaço em seu discurso para a crise econômica internacional. Pediu regulamentação do capital financeiro e fez duras críticas aos países desenvolvidos, por não buscarem soluções políticas para a crise econômica internacional. Soluções que acredita ser mais políticas que financeiras.

Dilma foi aplaudida várias vezes por uma Assembleia repleta.

Aqueles que disseram que o Discurso de Dilma seria ofuscado pelo de Obama, que veio a seguir, se enganaram.

Obama não brilhou. Fez um discurso opaco sobre a Primavera árabe. Excluiu completamente a crise econômica.

Pior, contradisse seu discurso de um ano atrás, na mesma Assembleia, quando insistiu na criação do Estado Palestino a ser apresentada naquela Assembleia. Em num ato precipitado, Obama anunciou o que todos já sabiam: Que iria vetar a proposta de reconhecimento pela ONU da criação de um Estado Palestino.

Obama decepcionou há muitos ali presentes. Sarkozy aproveitou o desgaste do presidente americano e ousou criticar diretamente a posição americana. Disse que a questão Palestina não pode ser a vontade de um único país e propôs que a ONU acate a ideia de um estado Palestino observador e não membro.

Já Dilma insistiu na necessidade de mudança da geopolítica mundial e na urgência de uma reforma do conselho de segurança da ONU para dar espaço a novos atores internacionais.

Tudo isso sem esquecer a importância de uma maior participação das mulheres nas questões políticas.

Um discurso histórico por quem tem o senso da história.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Apoio à Palestina na ONU

Impressionante! Mais de 1 milhão de pessoas assinaram a petição -- nossa grande entrega na ONU será na terça-feira. Vamos chegar em 1.200.000 assinaturas. Assine abaixo e encaminhe para todos!


Queridos amigos,

O povo palestino está pedindo ao mundo que reconheça a Palestina como um Estado. Mais de 120 países já abraçaram essa iniciativa, mas os EUA e Israel estão tentando impedir. Os líderes europeus estão em cima do muro. Em 24h, a proposta vai ser apresentada na Assembleia Geral da ONU. Se conseguirmos persuadir a Europa a apoiar esse apelo legítimo e não violento agora, isso pode incentivar uma mudança dramática rumo à paz. Clique para assinar a petição urgente:

Em menos de 24 horas, a Assembleia Geral da ONU vai se reunir e o mundo terá a oportunidade de abraçar uma nova proposta que poderá mudar a maré de décadas de fracassadas negociações entre Israel e Palestina: o reconhecimento do estado da Palestina pela ONU.

Mais de 120 nações do Oriente Médio, África, Ásia e América Latina já abraçaram essa iniciativa, mas a ala direita do governo de Israel e os EUA estão tentando bloquear esse processo. A Europa ainda está indecisa. Somente um massivo empurrão público poderia incentivar esse bloco a votar com o resto do mundo nessa oportunidade única de acabar com 40 anos de ocupação militar.

Iniciativas americanas fracassaram por décadas, enquanto Israel confinou os Palestinos a pequenas áreas, confiscou suas terras e bloqueou sua independência. Essa nova corajosa iniciativa poderá ser a melhor oportunidade para se iniciar a resolução desse conflito. Nós temos apenas 24 horas para convencer a Europa para abraçar a proposta de independência e deixar claro que os cidadãos ao redor do mundo apoiam esse apelo legítimo, não violento e diplomático. Assine a petição e envie para todos -- vamos alcançar 1.200.000 assinaturas:

http://www.avaaz.org/po/independence_for_palestine_en/?vl

Apesar das raízes dos conflitos entre Israel e Palestina serem complexas, a maioria das pessoas de todos os lados concordam que o melhor caminho para paz é a criação de dois estados. Entretanto, repetidos processos de paz têm sido enfraquecidos por violência em ambos os lados, a construção extensiva de assentamentos feita por Israel na Cisjordânia, além do bloqueio humanitário na Faixa de Gaza. A ocupação de Israel diminuiu e fragmentou o território palestino e tornou a vida dos palestinos uma prova diária. A ONU, o Banco Mundial e o FMI anunciaram recentemente que os palestinos estão prontos para governar um estado independente, mas disseram que o grande empecilho para o sucesso é a ocupação de Israel. Até mesmo o presidente dos EUA pediu para que os assentamentos tivessem um fim e retornassem às fronteiras de 1967 com a troca acordada de terras, mas o primeiro-ministro israelense Netanyahu se recusou furiosamente a cooperar.

É chegada a hora de mudar dramaticamente de processos de paz fúteis para um novo caminho para o progresso. Enquanto os governos de Israel e EUA estão chamando a iniciativa de “unilateral” e perigosa, na verdade, as nações mundiais definitivamente apoiam esse movimento diplomático não-violento. Um reconhecimento global da Palestina poderia acabar com o discurso de extremistas que dizem que a violência é a única solução, além de promover um movimento de crescimento sem violência palestino-israelense em sintonia com a dinâmica democrática de toda a região. Mais importante, o reconhecimento resgataria um caminho para uma solução negociada, e permitiria o acesso dos palestinos à uma variedade de instituições internacionais que podem ajudar a avançar a liberdade palestina, e enviar um sinal claro para o governo pró-assentamento de Israel que o mundo deixará de aceitar sua impunidade e intransigência.

Por muito tempo, Israel enfraqueceu a esperança por um estado palestino. Por muito tempo, os EUA os apaziguou, e por muito tempo a Europa se escondeu atrás dos EUA. Agora, a Europa está em cima do muro em relação à legitimidade do estado palestino. Temos apenas 24 horas para alcançar 1.200.000 assinaturas. Vamos apelar aos líderes europeus, para que eles fiquem do lado correto da história e apoiem a declaração palestina de liberdade e independência, com apoio esmagador, e ajuda financeira. Assine a petição urgente para a Europa apoiar esse passo para uma paz duradoura entre Israel e Palestina:

http://www.avaaz.org/po/independence_for_palestine_en/?vl

A legitimidade do estado palestino não vai trazer uma solução para esse conflito rebelde do dia pra noite, mas o reconhecimento vai mudar a dinâmica e começará a destravar as portas para a liberdade e paz. Por toda a Palestina, as pessoas estão se preparando com esperança e expectativa para recuperar uma liberdade que eles jamais conheceram. Vamos nos unir a eles e pressionar nossos líderes para fazerem o mesmo, assim como apoiaram o povo do Egito, Síria e Líbia.

Com esperança e determinação,

Alice, Ricken, Stephanie, Morgan, Pascal, Rewan e toda a equipe da Avaaz


MAIS INFORMAÇÕES


Quase 130 nações já reconhecem independência palestina (Estado de S. Paulo)

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,quase-130-nacoes-ja-reconhecem-independencia-palestina,757443,0.htm

China manifesta apoio a Estado palestino (Diário do Grande ABC)

http://www.dgabc.com.br/News/5909186/china-manifesta-apoio-a-estado-palestino.aspx

Palestinos lançam campanha por reconhecimento na ONU (Folha de S. Paulo)

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/972056-palestinos-lancam-campanha-por-reconhecimento-na-onu.shtml

domingo, 4 de setembro de 2011

Fiel a ela mesma, a Folha faz o jogo do dedo duro

Por Dalva Teodorescu

Um dia depois de Fernando de Barros e Silva criticar a revista Veja de praticar “catecismo raivoso de direita", a Folha mostra o quanto demagogo é o comentário. Na verdade, a Folha é o jornal do Brasil que mais se iguala às práticas da Veja. O pior é que o faz travestido de esquerda.

A capa da Folha com foto de Cesare Battisti, com manchete a Dolce vida clandestina" é digna somente de Folha e Veja.

Com a manchete, a Folha assume o papel de “dedo duro” com fato sem fundamento jurídico.

Cesare Battisti está em situação legal perante a justiça brasileira. Para que então essa capa?

Aliás, a chamada de capa denota o pouco de respeito dos editores com a repórter que realizou matéria bastante correta, é de se reconhecer.

Na matéria interna Battiti diz ter se isolado para se reconstruir, como pessoa e como cidadão, e a chamada dizendo que " ex guerrilheiro esconde sua identidade" choca também porque contraria essa necessidade do escritor.

O que busca a Folha com isso? Que público procura atingir? A quem ela busca agradar?

Acompanhei a estadia de Battisti na França, durante o governo Mitterrand. O ex-presidente francês sempre defendeu que se a Itália não revisse o processo de Battiti, acusado sob regime de delação premiada ,ele não o entregaria.

Foi esse também o argumento usado pelo Brasil. A Itália sempre negou a rever o processo.

Jaques Chirac assumiu a presidência e atendeu ao pedido de extradição da Itália. Toda a esquerda francesa se manifestou em apoio a Battiti, principalmente setores da imprensa. Não adiantou. O italiano então fugiu da França com a ajuda de escritores, simpatizantes da esquerda francesa.

Enquanto viveu na França, por vontade do governo de Mitterrand, Battiti não era visto como criminoso,  mas como cidadão, como todo francês. Publicava seus livros e o apresentava na imprensa. Não era vigiado nem delatado, como está fazendo a Folha.

Em muitas situações, países ocidentais, por puro racismo, aplicam a dupla pena aos imigrantes condenanados pela justiça. Depois de cumprir pena em prisão são expulsos pelo governo.

No Brasil, Battiti cumpre a dupla pena: a da justiça, perante a qual está em situação legal, e a da imprensa que continua a condená-lo e a caçá-lo, como um animal acurralado.

A Itália ainda pede a extradição de outra ex-terrorista vivendo na França, que recusa de lhe entregar. Curiosamente a Itália não fez o mesmo escândalo. Talvez porque não tenha tido o apoio da mídia local, como aqui.

Do mesmo modo, a Itália se recusa a extraditar um general Paraguaio e ninguém a contesta.

Depois quando se fala em REGULAMENTAÇÂO da mídia, a Folha grita CONTROLE e CENSURA.

Em todos os países democráticos e civilizados existe regulamentação da mídia. Que o Brasil também atinja sua maturidade democrática.







As moscas na Folha ou: a ilustração que constrange

Por Dalva Teodorescu

A Folha não consegue fazer nada com elegância, ou com classe, como se diz. Lembra aqueles que para mostrar posses, exageram na maquiagem, nos apetrechos, na opulência.

Seus títulos têm sempre uma palavra a mais do que o evidente

Existe um ditado francês que diz: "La culture est comme la confiture, moins on en a plus o l’étale". Ou seja, a cultura é como a geleia, menos se tem mais se estende.

No caso presente me refiro á ilustração das moscas, de Andrés Sandoval, ao artigo do ex-ministro José Dirceu, publicado pelo jornal. É a ilustração que ultrapassa o bom senso. Denota a pobreza de espírito do conselho editorial do jornal.

Quem seriam as moscas? Os editores da Folha? Seus articulistas?

A Folha não conseguiu a elegância do Jornal de Heródoto Barbeiro, que entrevistou Dirceu em seu Jornal na Record News. Com perguntas incisivas, mas com respeito e profissionalismo, realizou “momento histórico da TV brasileira”, nas palavras do grande jornalista e homem de comunicação, Nirlando Beirão.

Segundo Beirão, matérias como a da Veja acabam fazendo de Dirceu um herói, prevendo de antemão que, depois da matéria, o ex-ministro seria ovacionado no congresso do PT.

Heródoto foi pioneiro em quebrar o banimento imposto a José Dirceu, pela TV. Hoje será a vez de Kennedy Alencar o entrevistar em seu programa da Rede TV.

A Folha não ia perder ponto se não colocasse a ilustração, ao contrário, sairia engrandecida com o justo espaço dado para resposta de José Dirceu.

Mas seu compromisso com forças do além (vai saber quais) a impedem de gesto de grandeza e de honestidade jornalística.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Potencias Ocidentais brigam pelo Petróleo do Kadafi .


Por Dalva Teodorescu

Nem bem terminada a matança na Líbia, as potências ocidentais se reúnem para dividir a carniça: ou seja, o petróleo e a reconstrução do país.

A França quer abocanhar um bom pedaço, afinal a Total francesa só tem 5 poços de petróleo no país. A Inglaterra e EUA não vão ficar por menos. Quanto à Itália, já deixou claro que era dominante no mercado da Líbia e que não quer perder nada, nada. Ao contrário.

A OTAN disse que vai ficar o tempo que precisar. Tudo em nome da proteção dos civis.

Na verdade é o tempo necessário para as potências se estabelecerem e se apropriarem do Petróleo Líbio.

Já vimos esse filme no Iraque. O Brasil tem razão em esperar a decisão da ONU antes de apoiar o que chamam romanticamente de Rebeldes.



As primarias na França contrasta com posição dos partidos brasileiros

Por Dalva Teodorescu

Enquanto, o PT faz tudo para evitar as primarias para escolha do candidato à prefeitura e São Paulo, na França, as primárias do Partido Socialista, para a eleição presidencial de 2012, está pegando fogo. Ganha a democracia.

Desde que Dominique Strauss Khan saiu da corrida para eleição presidencial, François Hollande aparece como favorito.

Segundo o baromêtro mensal OpinionWay-Fiducial para o Le Figaro e o Canal de Informação LCI, publicado em 1° de setembro, o socialista registra 14 pontos na frente de Martine Aubry, atual Primeira Secretaria do PS.

Hollande aparece com 44 % das intenções de voto de simpatizantes de esquerda no primeiro turno da primária e 48 % de simpatizantes do PS. Quanto aos eleitores potenciais 42% dizem estar certo de votar nele.

Martine Aubry obtém 30% das intenções de voto de simpatizantes de esquerda e 31% dos simpatizantes socialistas. Dos eleitores potencias 29 % estão certos de votar nela.

Ségolène Royal, ex-mulher de François Hollande e mãe de seus filhos, e que concorreu com Nicolas Sarkosy nas últimas eleições, registra 13 % entre os simpatizantes de esquerda e 14 % entre os simpatizantes do PS. Entre os eleitores potencias ela registra 21 %.

Três outros candidatos concorrem nas primárias, Arnaud Montebourg e Manuel Valls e Jean Michel Baylet. Este último é o único candidato que não é do PS, mas que concorre na primária socialista. Bayle pertence ao PRG (partido radical de esquerda), mas que de radical só tem o nome. Atualmente está na coalizão de Sarkosy.

Dos três, somente Arnaud Montebourg ultrapassa os 5%. Com 7% de eleitores potenciais.

No segundo turno das primárias, François Hollande aparece com vantagem confortável e domina largamente Martine Aubry com 57% de intenção de votos entre os simpatizantes de esquerda contra 43% para Aubry, e 57% entre os simpatizantes do PS contra 43% para Aubry.

Quando se trata de eleitores potencias, a diferença entre os dois diminui. Hollande aparece com 53 % contre 47 % de Aubry. Entretanto, dizem os pesquisadores, a amostragem dos eleitores potencias é baixa, 222 votos, o que acentua os resultados.

Hollande foi Primeiro Secretário do PS. Honesto, discreto e franco, seria um bom presidente para França. Certamente causaria contraste com o jeito Sarkosy de governar.

Por falar nele, Sarkosy aparece nas sondagens bem atrás dos dois primeiros candidatos do PS.

Primárias são realizadas em países com democracia consolidada. O PT sempre defendeu esse modo de escolha de seus candidatos. Por que teria que ser diferente agora? Ganhar eleição é necessário, mas não a qualquer preço.









Mercado financeiro e oposição condenam queda na taxa de juros


Por Dalva Teodorescu

O Banco Central diminuiu a taxa de juros em 0, 5%. Insignificante, para o setor produtivo, mas uma afronta para o mercado financeiro e a oposição.

Setores da imprensa e os partidos de oposição sempre criticaram a taxa de juros no Brasil, uma das mais altas do mundo.

Agora que o Banco Central decidiu diminuir os juros para enfrentar a crise internacional, a imprensa saiu anunciando o fim da autonomia do Banco Central.

O Estadão sempre defendeu a política de juros do BC, então não mudou de opinião quando em editorial viu ingerência política no BC.

Pior mesmo foi a atitude de Vinicius Torres Freire que ontem comemorou no jornal da Gazeta a decisão do BC, mas diante da choradeira do mercado financeiro mudou de ideia e hoje escreveu na Folha de São Paulo que, certa ou errada a decisão é esquisita.

Justiça seja feita à Folha de São Paulo que em editorial aprovou a decisão do BC e disse ser precipitado ver ingerência do Planalto.

No congresso os petistas comemoraram e a oposição criticou.

Chega a ser patético ver o tucano Álvaro Dias que sempre criticou os juros altos dizer que, nesse caso, ele preferia que os juros continuassem como estava.

O tipo de oposição boba, sem fundamento e na contra mão da opinião pública. Mas reconhecemos que é difícil fazer oposição quando a equipe econômica acerta.

O BC agiu bem, na opinião do presidente das indústrias e de inúmeros economistas.

Em 2008, o BC demorou a reagir e quando abaixou os juros muitos disseram que era tarde, porque a crise já tinha se instalado. Agora acharam cedo demais.

Durma com um barulho desses.



Náuseas no congresso


Por Dalva Teodorescu

A absolvição da deputada Jaqueline Roriz pelos seus pares foi mais que um golpe duro, foi nojento.

Sim, o nosso congresso dá nojo.

Dizer que o Congresso Nacional é uma vergonha nacional, é chover no molhado.

Há muito a opinião pública manifesta seu menosprezo pelos congressistas, que só legislam em causa própria. Mas dessa vez exageraram.

No entanto, não nos desesperemos, 166 deputados votaram a favor da cassação.

Um consolo. Mas quem são eles? Porque não se manifestaram publicamente?

Agora, Marco Maia, presidente da câmara disse que vai fazer uma campanha publicitária contra a corrupção.

É de chorar, até porque, a campanha deveria começar punindo a deputada com cassação de seu mandato. Era o mínimo.

Depois do vexame, vai fazer campanha com o dinheiro público.

É muito desprezo pela opinião pública.