Por Dalva Teodorescu
Hoje, os dois principais jornais de São Paulo, O Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo, publicaram manchetes opostas sobre o mesmo assunto: o Regime Diferenciado de Contratação.
No Estadão: Dilma Manda base aprovar sigilo em todas as licitações.
Na Folha: Dilma volta atrás e abre orçamento de obras da Copa.
A Folha está atrasada no mínimo 10 dias sobre o tema. Há mais de uma semana que o Estadão vem informando sobre o Regime Diferenciado de Contratação para a Copa e a Olimpíada e anunciando que a Presidente quer generalizar o modelo de concorrência para todas as licitações de obras públicas.
A proposta foi elaborada com o TCU (Tribunal de Contas da União) e busca substituir a atual lei de licitações considerada inadequada por facilitar práticas de corrupção.
A Folha preferiu rejeitar a ideia e denunciá-la como tentativa do governo esconder os preços. Denúncia sustentada pela oposição e pelas empreiteiras que viram seus interesses ameaçados.
Agora, diante do consenso que o RDC é inovador a Folha tenta se recuperar dizendo que Dilma voltou atrás.
Foi a Folha que voltou atrás e sua contradição foi estampada na duas manchetes que se opõem.
O Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, e o presidente do Senado, José Sarney, também condenaram o RDC de início, mas reconheceram não ter lido a proposta antes e voltaram atrás.
O Jornal não consegue assumir que falhou por não ter lido a proposta antes de criticá-la ou simplesmente por defender as empreiteiras, que são contra a mudança da lei de licitação.
De qualquer forma, a Folha ficou mal na foto.
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