terça-feira, 14 de junho de 2011

A opinião publica deu seu veredicto à opinião publicada

Por Dalva Teodorescu


No início dessa semana, órgãos da imprensa como Carta Capital e Estadão, em vários editorias, afirmavam que a presidenta Dilma saiu fortalecida do episódio Palocci. Dilma fez uma mine reforma ministerial sem considerar as imposições do congresso, principalmente da câmara. Assim procedendo recolocou o PMDB e sua voracidade no seu devido lugar.

Já o jornal Folha de São Paulo, que durante a crise Palocci tirou da pauta a guerra fratricida que se travava dentro do PSDB, seu aliado de todos os instantes, e alardeou que o PMDB havia ganhado força e o governo se enfraquecido viu sua opinião desmentida pela pesquisa Data Folhade domingo. 

A opinião publica mais uma vez reavaliou a opinião publicada.

O governo não se desgastou com a crise Palocci, ao contrário, sua avaliação positiva subiu dois pontos. A pesquisa foi feita na casa e a Folha ficou mal.

Para não perder a face, os colunistas da Folha, unanimemente, dedicaram hoje mais um primeiro caderno a justificar os resultados da Data Folha.

Até Janio de Freitas, que ainda garante qualidade ao jornal, teve de explicar os dados. Todos martelaram que o governo foi bem avaliado por causa da economia e da atuação do ministro Mantega e que Dilma se desgastou nos itens de avaliação pessoal. Teria caído de 79% para 62%.

Itens de avaliação pessoal são aqueles que davam ao ex-presidente Lula cerca de 90% e que a Folha quase omitia dando destaque à avaliação do governo em torno de 66%. Agora ela inverte e dá destaque a avaliação pessoal da presidenta.

Avaliação positiva de 62% é quase plebiscito. Nas democracias consolidadas a taxa de avaliação positiva fica entre 48 a 52 %. Ainda chegamos lá.

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